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Política

‘Preciso trabalhar’: campo-grandenses se dividem sobre acompanhar julgamento de Bolsonaro

Julgamento do ex-presidente e de outros sete réus iniciou nesta terça-feira (2) e deve seguir até 12 de setembro
Thalya Godoy, Murilo Medeiros -
Jair Bolsonaro. (Clauber Cleber Caetano/PR | Eliel Dias, Jornal Midiamax)

O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) iniciou, nesta terça-feira (2), no STF (Supremo Tribunal Federal). Ele e outros sete réus são acusados de planejar de Estado, entre outros crimes. Nas ruas de , a população se mostra dividida. Enquanto alguns torcem pela absolvição, outros prometem soltar fogos em caso de condenação. 

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Esta é a primeira vez na história do Brasil que um ex-presidente e militares de alta patente são julgados por tentativa de golpe de Estado. 

O núcleo 1 é acusado de cinco crimes: participação em organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; tentativa de golpe de Estado; dano qualificado; e deterioração de patrimônio tombado.

O que diz a população?

A reportagem esteve no centro de Campo Grande para ouvir a população. Muitos se recusaram a dar entrevista porque não sabiam detalhes sobre o processo ou porque não iriam acompanhar o julgamento.

Já alguns que aceitaram, relataram que não pretendem acompanhar o julgamento porque têm outras prioridades, como trabalhar. A previsão é que as sessões sigam até 12 de setembro, em horário comercial, das 8h às 18h, pelo horário de

O aposentado Jorge Wagner Belasco, de 73 anos, se diz a favor da “pacificação do país” em uma articulação entre os poderes executivo e legislativo, mas reconhece que não tem conhecimento sobre o processo. 

“Nós precisamos pacificar o país, se a anistia for o caminho, anistia […] não vou ficar na frente da televisão porque eu preciso produzir, eu preciso trabalhar, eu preciso fazer parte dessa nação, mas na medida do possível, eu vou acompanhar o processo e outra, que a minha presença na frente da televisão não vai ajudar em nada”, acredita. 

Já a autônoma Stela Barros Medeiros, de 19 anos, pretende acompanhar o julgamento de Jair Bolsonaro. Ela ressalta a importância do momento, já que se trata de um ex-presidente. 

“Acho que se for provado, ele tem que ser condenado, porque a lei é igual para todo mundo e ele não é diferente. Vou acompanhar, se for preso e tudo dar certo, vou soltar um fogos hoje e comemorar”, promete a jovem. 

Já a dona do lar, Zenaide Braga, de 65 anos, se declara bolsonarista e pretende acompanhar o julgamento todos os dias. Ela não acredita que o político tenha cometido crimes. A idosa também admite que não tem muito conhecimento sobre o processo, mas aponta que há uma perseguição contra Jair Bolsonaro. 

“A gente vê que a política está muito complicada. Para chegar ao ponto de querer falar, eu não tenho conhecimento sobre política, mas eu acredito que está sendo uma perseguição”, explica. 

O aposentado João Paulo de Almeida, de 70 anos, não sabia que o julgamento começaria hoje, mas disse que pretende passar a acompanhar. O maior interesse dele é na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que acontece no Congresso Nacional. 

O grupo pretende investigar a fraude na autarquia federal que identificou um rombo que chegaria a R$ 6 bilhões em descontos não autorizados em contas de aposentados e pensionistas. “É de interesse nosso para botar a limpo muita sujeirada que tem nesse país”, destacou. 

Sobre o julgamento de Bolsonaro, o aposentado acredita que não irá “acontecer nada” por causa da pressão internacional. “Essa falsa condenação, já estão condenando antes de condenar o ex-presidente. Eu acredito que não vai dar em nada e que vai restabelecer a verdade que existe nesse país”, torce. 

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(Revisão: Bianca Iglesias)

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