A Câmara de Campo Grande publicou no Diário Oficial desta quarta-feira (3) que vai adiar por mais 30 dias o relatório final da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga diversas irregularidades do Consórcio Guaicurus.
No documento, publicado hoje, a Casa de Leis informa que o prazo termina no dia 30 de setembro, já que os dias estão sendo contados desde a última segunda-feira (1º). A relatora Ana Portela (PL) promete que até o dia 22 o relatório final deve ser entregue à mesa diretora da Câmara.
“O relatório já está pronto, agora está faltando apenas incluir alguns pontos pedidos por membros da comissão. Acredito que antes mesmo do dia 22 de setembro já vamos entregar”, disse a relatora da CPI ao Jornal Midiamax.
A decisão de adiar o relatório final pela segunda vez foi tomada após uma reunião que durou 4 horas. A apresentação do documento estava prevista para acontecer na sessão do dia 2 de setembro.
Conforme o presidente da comissão, vereador Dr. Lívio (União), o prazo é necessário para aprofundar o relatório final. “Existem apontamentos para detalhar melhor, coisas novas que apareceram e que não foram aventadas ainda nessa cidade”, explica, sem detalhar.
Já o presidente da Câmara, vereador Papy (PSDB), disse que houve pequenas divergências no grupo. “Ficou combinado que incluiríamos a opinião dos membros no relatório. A relatora [Ana Portela] se comprometeu com isso e vai cumprir”, afirmou categoricamente.
CPI do Consórcio Guaicurus
Desde abril, gestores do Consórcio Guaicurus, membros da administração pública ligados à regulação e fiscalização do contrato bilionário, ex-funcionários e usuários dos ônibus que circulam na Capital foram ouvidos. Assim, a CPI coletou uma série de elementos que podem indicar irregularidades no serviço prestado ao cidadão campo-grandense.
As denúncias miram especialmente a precariedade da frota, que, além de provocar transtorno na rotina dos usuários, compromete a qualidade do transporte. Além disso, não retribui os lucros milionários obtidos pelo Consórcio Guaicurus — o qual alega estar em déficit financeiro.
Assim, para apurar as ‘desculpas’ dos empresários, a CPI contratou assessorias contábeis e jurídicas, no valor de R$ 140 mil, para devassa nas contas da companhia, que já passou por pente-fino em outras ocasiões e volta a ser alvo de perícia contábil, a fim de reconhecer se, de fato, está em desconformidade ao que entrega na prestação do serviço de transporte coletivo da Capital.
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(Revisão: Bianca Iglesias)