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Política

Por unanimidade, PT sai da base governista e entrega cargos a Riedel

Diretório tomou decisão após governador declarar apoio a Bolsonaro
Thalya Godoy, Dândara Genelhú -
Lideranças do PT decidiram sair da base governista. (Dândara Sabrina, Jornal Midiamax)

O PT (Partido dos Trabalhadores) decidiu, em unanimidade, em reunião nesta sexta-feira (8), entregar todos os cargos comissionados que ocupa no Governo de . A decisão vem após o governador Eduardo Riedel () demonstrar explicitamente apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) depois da decretação da prisão domiciliar. 

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Na visão de Riedel, a medida representa “excessos judiciais” que implicam na escalada da tensão política e jurídica no país.

O apoio do chefe do executivo ao líder de direita era o mantinha em xeque a permanência do Partido dos Trabalhadores na base governista. O PT decidiu apoiar o tucano no segundo turno nas eleições em 2022 diante do outro concorrente, Capitão Contar (PRTB), estar alinhado mais a extrema-direita. 

De acordo com o ex-presidente estadual do PT, Vladmir Ferreira, a decisão da sigla na época seria uma estratégia para que a extrema-direita não ganhasse as eleições para governador. 

“Foi uma decisão política para que a extrema-direita não ganhasse aqui em MS, grande maioria apoiou Eduardo Riedel quando ele tinha mais de 15% atrás do seu adversário. Por conta da eleição, o governador nos convidou para participar. Entendemos naquele momento que tínhamos um cenário muito polarizado. A polarização permanece e, infelizmente, o governador e seu grupo político está tomando um lado”, afirmou Vladimir. 

O atual presidente da diretoria executiva do PT em MS, o deputado federal Vander Loubet (PT), classificou Riedel como “sempre foi de direita, mas um cara democrático”. 

“Nós fizemos a opção de ir para o governo e estamos saindo a partir de agora por unanimidade. Para a gente ter liberdade, isso não vai implicar na relação institucional com o governo”, afirmou. 

O congressista apontou que essas movimentações bolsonaristas tentam desestabilizar e fazer uma ruptura com a democracia. O PT ocupa cargos na Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) e em outras pastas. Contudo, o diretório não quis revelar a quantidade exata de filiados que ocupam uma vaga no quadro de servidores. 

“Em respeito aos companheiros, a gente está chamando e está construindo com eles, alertamos eles. Cada um tem um livre arbítrio e cabe a cada um fazer essa saída”, destacou o deputado. 

Caso algum filiado deseje continuar no cargo, não contará com o apoio da sigla. O PT deve comunicar oficialmente a decisão à Riedel quando o tucano retornar da viagem à Àsia. Um possível período de transição também pode ser avaliado.

Sinais

Parte do PT já demonstrava o desejo da sigla sair da base governista durante a campanha do PED (Processo de Eleição Direta) do PT meses atrás, mas lideranças aguardavam a decisão do governador sobre qual lado apoiar em 2026.

Para a deputada estadual Gleice Jane (PT), o governo já demonstrava sinais para qual linha seguiria há algum tempo. “O Governo vem dando alguns sinais da linha que ele segue já há algum tempo. Final do ano, como ele reagiu violentamente contra os povos indígenas que lutavam por água, aquilo foi o símbolo muito forte de como ele pensa, de como ele age”, criticou a deputada.

A parlamentar relembra que Eduardo Riedel apoia medidas que vão contra a economia e os interesses do país.

“Ele já tinha soltado uma nota anteriormente falando sobre anistia e agora, mais uma vez, em um momento extremamente crítico do país em que a gente já passou essa semana, vendo que o mesmo movimento de golpe do oito [de janeiro] se repetiu neste momento no Congresso Nacional. A gente vive um momento em que o Trump tenta destruir o país taxando aqui as empresas, taxando os produtos que são exportados. Mesmo assim, o governador se manifestou na defesa desse movimento, defendendo a anistia e defendendo aquilo que o Trump está pedindo”, alertou.

O deputado estadual e presidente do PT em , Pedro Kemp, relembrou que o apoio em 2022 foi para derrota da extrema-direita. Contudo, disse que “a polarização permanece e, infelizmente, o governador e o seu grupo político está tomando um lado. Que lado que é esse? É o lado que nós ajudamos a derrotar em 2022, que é a extrema direita”, destacou.

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