Após sofrer ataques nas redes sociais, o deputado federal Marcos Pollon (PL-MS), informa que recebeu dezenas de mensagens de agradecimento e solidariedade de pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista), após divulgação em vídeos em que o parlamentar comenta sua condição como autista.
“Quero agradecer as mensagens de apoio e suporte que recebi. Manifestações de pais de autistas que veem esperança na minha pessoa, por ter conseguido ter uma vida funcional”, diz.
Conforme o deputado, entre as dezenas de mensagens recebidas, uma diz “Como mãe de autista nível 1, sempre que tem um autista adulto, como o senhor, mostro para o meu filho que ele pode ser o que quiser, se dedicar-se para isso”.
Ainda de acordo com Pollon, em outra mensagem relata: “Sou mãe atípica e olhando para você vejo um futuro para meu filho. Você me fez olhar para o futuro com mais fé”. Uma mãe também disse “Vendo você me motiva muito a continuar investindo no meu filho, pois sempre vi que autismo tem super poder e você é um exemplo claro de super poderes”
Marcos Pollon também lembra quando revelou seu diagnóstico durante votação de projeto de lei em prol das mães atípicas. “Quando decidi tornar público meu diagnóstico, sabia que iria enfrentar preconceito, mas também queria dar esperança. Uma mãe me procurou preocupada com o filho dela estar no espectro, e após eu revelar que também era autista, vi suas lágrimas se converterem em sinal de esperança com o futuro de seu filho. Recebi vários comentários nesse sentido. ‘meu filho pode ser o que ele quiser’. Pais esperançosos ao ver um autista em posição de destaque”.
O deputado federal afirma que sofreu diversos ataques preconceituosos e capacitistas, pela sua condição como autista, após publicação de vídeo nas redes sociais em defesa do deputado federal Marcel van Hattem (Novo). “Distorceram o que falei para desmerecer meu trabalho no Congresso Nacional. Foi uma verdadeira enxurrada de preconceito o que aconteceu”, completou.
Ataques
Alvo de representação que será analisada pelo Conselho de Ética e na lista dos parlamentares que podem ser suspensos pelo motim que impediu o trabalho da Câmara Federal por mais de 30 horas, o deputado se defendeu nas redes sociais, dizendo que é autista e que, por isso, não estava entendendo o que acontecia no momento em que o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) tentou retomar a cadeira para comandar a sessão de quarta-feira (6).
Pollon e o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) foram os últimos parlamentares a deixarem o espaço no momento em que Motta tentou assumir sua função para iniciar os trabalhos. Após afirmar que possui a condição de autista, o parlamentar começou a sofrer ataques nas redes sociais.