Políticos do partido de Bolsonaro marcaram presença em buzinaço em Campo Grande, na manhã deste domingo (3). Os manifestantes pedem anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 e o impeachment do presidente Lula (PT) e do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes.
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A série de atos pró-Bolsonaro vem depois que o ex-presidente foi alvo de operação da Polícia Federal e passou a usar tornozeleira eletrônica, cumprir toque de recolher e ser proibido de sair à noite e aos fins de semana.
O ato contou com a presença de políticos do PL (Partido Liberal) conduzindo o trio elétrico, como os deputados federais Rodolfo Nogueira e Marcos Pollon, os deputados estaduais Coronel David e João Henrique Catan, os vereadores de Campo Grande Ana Portela e Rafael Tavares, além do Tenente Portela, presidente estadual do partido.
Bolsonaristas protestam
Vereadores e deputados do Partido Liberal pediram o impeachment de autoridades e reforçaram o apoio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano), pela pauta dos bolsonaristas. A concentração na Praça do Rádio em Campo Grande reuniu várias pessoas com bandeiras do Brasil, Estados Unidos e de Israel.
O líder do país norte-americano usou a situação de Jair Bolsonaro como parte da justificativa para taxar em 50% os produtos brasileiros e aplicar sanções a ministros do STF.
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“Agradecer a cada um de vocês que teve coragem de voltar para as ruas. Nós estávamos vendo nosso país ser tomado e a gente não reagir e agora a gente tem um amigo muito poderoso do nosso lado, que é o Donald Trump”, discursou o vereador Rafael Tavares (PL).
O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL) pediu apoio aos seguidores. “Campo Grande, Cidade Morena é hora de vir para a rua, reaja Campo Grande […] grande carreata em prol da liberdade”, afirmou.
O deputado estadual Coronel David (PL) também pediu o impeachment do presidente Lula e do ministro do STF. “Para quem quer derrubar o Lula, o Moraes e colocar o presidente Bolsonaro na presidência de novo. Bom dia!”, chamou.

O colega de bancada, o deputado estadual Henrique Catan (PL), alegou que os Estados Unidos teriam documentos que apontam fraudes nas eleições. Neste sentido, vale ressaltar que relatório feito por militares não encontrou fraudes nas urnas eletrônicas em 2022.
“O que a gente vê é uma postura de criar um parceiro internacional que vá dizer que a liberdade de expressão, seja por direito constitucional, seja por tratados internacionais, o qual assinamos, não permitem fazer, através de um ato de poder, aquilo que o Supremo está fazendo com o nosso presidente Bolsonaro, com o Eduardo Bolsonaro, com a direita, e que já ficou reconhecido, e que os Estados Unidos, vocês podem ter certeza, têm documentos e informações de como foi feita aquela eleição em 2022”, prometeu.
Manifestações
Após a operação da Polícia Federal, o PL se reuniu em 21 de julho e definiu metas pró-Bolsonaro. Entre elas, estava direcionar o foco no projeto que trata da anistia e na PEC 333, que prevê o fim do foro especial por prerrogativa de função no caso dos crimes comuns. A intenção é colocar em discussão as duas matérias no Congresso Nacional, após o fim do recesso parlamentar.
A terceira meta tratou da criação de três comissões de trabalho que iriam funcionar durante todo o recesso parlamentar. Confira o tema de cada comissão:
- Alinhamento da comunicação entre os parlamentares de oposição;
- Mobilização interna na Câmara e no Senado para que as pautas “sejam respeitadas pelos presidentes das Casas”;
- Mobilização nacional para “dar voz ao presidente Bolsonaro”.
A última comissão seria coordenada pelos parlamentares Rodolfo Nogueira e Zé Trovão (PL-SC). Em Campo Grande, ocorreram alguns adesivaços pedindo anistia, além de “Fora Lula” e “Fora Moraes”.
Alguns protestos devem ocorrer pelo país neste 3 de agosto, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Não há previsão de participação de Jair Bolsonaro nestas manifestações, visto que, entre as medidas cautelares, está a proibição de sair aos fins de semana.
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