Políticos do PL – partido de Jair Bolsonaro – se reúnem em Brasília, na manhã desta terça-feira (5), para discutir os próximos passos após a decretação da prisão domiciliar do ex-presidente.
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O encontro da oposição está marcado para as 8h. Já uma coletiva de imprensa, às 11h, deve divulgar os detalhes da reunião. O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS) deve ser um dos que irão participar do debate.
A movimentação acontece no mesmo dia em que retornam as sessões no plenário na Câmara dos Deputados Federais, após o recesso parlamentar de duas semanas.
A prisão domiciliar foi decretada, na tarde da última segunda-feira (4), pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, por descumprimento das medidas cautelares. Jair Bolsonaro teria usado as redes sociais de terceiros para agradecer manifestantes e estimular ataques à Suprema Corte, no último domingo (3).
A Polícia Federal cumpriu novos mandados de busca e apreensão na residência de Jair Bolsonaro. Além da proibição de sair de casa, ex-presidente ainda foi proibido de receber visitas, exceto dos advogados e de familiares próximos, e todos os aparelhos celulares da residência foram recolhidos.
Medidas cautelares
Bolsonaro foi alvo de uma primeira operação da Polícia Federal, em 18 de julho, quando foi decretado o uso de tornozeleira eletrônica e de outras medidas cautelares, como toque de recolher e proibição de uso das redes sociais. Na época, o PL também se reuniu e definiu metas pró-Bolsonaro, como defender o projeto da anistia e promover manifestações pelo país.
O político também foi impedido de se comunicar com o filho 02, Eduardo Bolsonaro, deputado federal licenciado que se mudou para os Estados Unidos para tentar articular com a Casa Branca uma pressão internacional para que o Brasil conceda uma anistia ao pai, acusado de liderar a trama golpista. O presidente Donald Trump usou o processo contra Bolsonaro como parte da justificativa para taxar os produtos brasileiros em 50% a partir de 7 de agosto.
Bolsonaristas realizaram manifestações em várias cidades do país no último domingo, incluindo em Mato Grosso do Sul, para pedir anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e pelo impeachment do presidente Lula (PT) e do ministro Alexandre de Moraes. Em Dourados, Jair Bolsonaro participou do ato por meio de videochamada feita pelo deputado Nogueira.
‘Justiça é cega, mas não é tola’
Entre as novas medidas impostas está a proibição de visitas (exceto por familiares próximos e advogados) e recolhimento de todos os celulares disponíveis no local.
Durante as manifestações no domingo, o filho 01, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), publicou um vídeo redes sociais em que o pai agradece o apoio dos manifestantes. Bolsonaro também participou de atos em várias cidades por meio de videochamada, como em Dourados.
Em decisão, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que a “Justiça é cega, mas não é tola”.
“Não há dúvidas de que houve o descumprimento da medida cautelar imposta a Jair Bolsonaro, pois o réu produziu material para publicação nas redes sociais de seus três filhos e de todos os seus seguidores e apoiadores políticos, com claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e apoio, ostensivo, à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”, afirmou Moraes em decisão.
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