Encontro que ocorreu nesta quinta (26) e sexta-feira (27), em Campo Grande, promovido pelo MPI (Ministério dos Povos Indígenas), reuniu os 17 indígenas eleitos vereadores, em outubro passado. A ideia foi debater a “qualificação do Legislativo para o desenvolvimento do território”, segundo seus organizadores.
O tema buscou, ainda, fortalecer a construção de políticas públicas a partir das realidades que vivem nos seus próprios territórios.
Conforme divulgado pela assessoria de imprensa do MPI, “o encontro tem como objetivo qualificar a atuação dos parlamentares indígenas, respeitando as identidades culturais e ampliando o protagonismo dos povos originários nos espaços de poder”.
Na abertura do encontro, o secretário-executivo do MPI, Eloy Terena, que saiu de uma aldeia indígena situada na cidade de Aquidauana, destacou a importância dessas conversas para ampliar a atuação dos vereadores e seus mandatos com o objetivo de manter e aprimorar as políticas voltadas aos povos indígenas.
“Estamos no terceiro ano de atuação no Ministério dos Povos Indígenas. Muita coisa já foi construída, mas ainda estamos organizando as estruturas. Este momento é muito relevante para pensarmos juntos em como vamos seguir fortalecendo os mandatos e articulando ações para os próximos anos”, disse.
Eloy é doutor em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da UFF (Universidade Federal Fluminense) e doutor em Antropologia Social pelo Museu Nacional da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Tem pós-doutorado em Ciências Sociais pela École des Hautes Études en Sciences Sociales, da França.
Com apoio do MPI, o evento foi organizado pela Subsecretaria de Políticas Públicas para os Povos Originários de Mato Grosso do Sul, para potencializar a atuação dos parlamentares, respeitando as identidades culturais e o protagonismo dos povos indígenas nos espaços de poder.
Mato Grosso do Sul dobrou a população de habitantes indígenas ao longo de 12 anos. De mais de 77 mil, o número saltou para 116.346 mil. Do total de indígenas, 68.534 vivem em território demarcado e mais de 47 mil em áreas urbanas ou fora de reservas. A maior terra indígena é a de Dourados, com quatro aldeias com mais de 13 mil habitantes.
Os indígenas habitam áreas em todos os 79 municípios de MS e representam pouco mais de 4% da população do Estado. Trata-se da terceira maior taxa de presença indígena do país, sendo Bahia e Amazonas as unidades da Federação a ocuparem o primeiro e segundo lugar.
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