Para o deputado estadual João Henrique Catan (PL-MS), o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) agendado para iniciar na terça-feira, 02/09, coloca em jogo não apenas a ‘ficha limpa’ do ex-mandatário, mas também “a democracia, a liberdade de expressão e o direito do povo escolher em quem votar”.
Ao Jornal Midiamax, o parlamentar comentou a programação do Supremo Tribunal Federal, que julga Bolsonaro e outros sete réus na investigação que apura tentativa de golpe de Estado deflagrada em 8 de janeiro de 2023.
“Tenho acompanhado de perto toda essa movimentação e vejo, antes de tudo, uma grande injustiça. O que está em jogo não é apenas o julgamento do presidente Bolsonaro, mas sim a democracia, a liberdade de expressão e o direito do povo escolher em quem votar. A expectativa é que prevaleça o bom senso, porque não se pode usar o Judiciário como ferramenta de perseguição política”, afirmou.
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Catan considera que a forma do julgamento influenciar nas eleições de 2026 é sendo conduzido politicamente, o que segundo ele é a esperança de muitos.
“É exatamente isso que muitos querem: tentar retirar das urnas, no tapetão, aquilo que o povo decidiria de maneira soberana. Essa sensação de injustiça só aumenta a mobilização e a união em torno do presidente Bolsonaro, que continua sendo a voz da resistência contra os abusos e contra a tentativa de enfraquecer a nossa democracia. Tenho certeza de que, qualquer que seja a manobra, o povo vai se manifestar e vai mostrar em 2026 que não aceita perseguição nem censura”, afirmou o parlamentar.
Bolsonaro entre os réus
Jair Bolsonaro, 38° presidente da República do Brasil, enfrentará o julgamento da 1ª Turma do STF a partir desta terça-feira, 02/09.
Ele e outros sete acusados nos atos antidemocráticos do 8 de janeiro de 2023 são julgados por pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
Somente o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, que, atualmente, é deputado federal, conseguiu benefício de suspensão de parte das acusações, respondendo assim a três dos cinco crimes. A regra é garantida na Constituição.
Ramagem continua respondendo pelos crimes de golpe de Estado, organização criminosa armada e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
Além de Bolsonaro e Ramagem, integram o banco dos réus:
- Almir Garnier – ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
- Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
- Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;
- Walter Braga Netto – ex-ministro de Bolsonaro e candidato à vice na chapa de 2022;
- Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
O julgamento pode levar para a prisão o ex-presidente da República e generais do Exército pela acusação de golpe de Estado. A medida é inédita desde a redemocratização do país.
A 1ª Turma é composta por Alexandre de Moraes, que é o relator do caso, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia. Foram reservadas cinco sessões para o julgamento, que ocorrerão nos dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro.
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