A invasão de áreas e bloqueio de rodovias pelo movimento do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) gerou novo bate-boca na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) em sessão nesta quarta-feira (30).
O deputado João Henrique Catan (PL) apresentou requerimento para que os manifestantes sejam identificados pelas polícias rodoviárias federal e estadual e excluídos de benefícios governamentais, com base em uma lei de 2006, da época em que o deputado Zeca do PT era governador.
“Vamos fazer uma força-tarefa coletiva aqui com a assembleia porque eu quero saber quem são essas pessoas, eu quero esse relatório porque nós vamos contribuir coma polícia, com as autoridades, com o Executivo, excluindo esses baderneiros criminosos de qualquer tipo de benefício que se dê em razão de conflito fundiário”, disse Catan.
Bate-boca da sessão anterior
Em seguida, Zeca explicou que sua fala foi tirada de contexto na sessão de terça-feira (29), que não xingou a instituição da Polícia Militar e sim criticou a atuação em relação ao bloqueio. Também desaprovou a atitude de Catan ao usar a lei para punir os invasores.
“Usa de forma canalha uma lei que ele sabe que não foi de minha autoria. […] Não coaduno com fechamento de estradas, muito menos coaduno quando agressivamente são expulsos do legítimo movimento que fazem”, rebateu o petista.
Ele explicou que a lei foi sancionada com um artigo que “passou batido” pela consultoria jurídica. Após a fala, o presidente da Alems repreendeu Zeca. “Queria fazer uma recomendação, deputado, o uso do vocabulário. O uso da palavra canalha não é bem-vinda neste plenário. Aqui nós vamos manter o padrão do debate”, alertou.
Ameaça
Pela ordem, Catan relembrou que foi representado criminalmente por Zeca e ganhou a representação. “[…] farei uma degravação das falas do deputado Zeca do PT. Mesmo após a advertência, além de continuar proferindo palavras de baixo calão, ameaçou esse parlamentar [Catan] a receber uma porrada. Isso é grave. É um crime de ameaça e tem previsão legal, além da quebra de decoro”, disse o deputado do PL, que afirmou que irá procurar o Conselho de Ética.
“Estou fazendo esse registro porque se o deputado Zeca do PT, em que pese, venha depois me abraçar ou venha dar risada e cumprimentar, se eu reagir, vou estar agindo com licitude que é a legítima defesa em caráter imputativo”, complementou.
Em tempo, Zeca respondeu e afirmou que também vai procurar o Conselho de Ética pelo comportamento dos deputados do PL. “Não retiro uma vírgula do que falei para o João Henrique porque acho que o comportamento dele é de canalha, não de colega, que se comporta. Ele e Davi, com comportamento infame, injusto, indevido, próprio do comportamento dessa gente da extrema-direita, que se utiliza de mentira para tentar imputar os outros e jogar na vala comum onde eles porcamente convivem”, disse.
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