O diretor de Fiscalização e Auditoria Contábil da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos), José Corsine da Silva, destacou que a frota velha do Consórcio Guaicurus aumenta os custos para a empresa. Assim, nesta quarta-feira (28), a vereadora Luíza Ribeiro (PT), destacou que a situação “favoreceu o desequilíbrio” atestado pelo grupo que comanda o transporte público em Campo Grande.
“Quanto maior o tempo de uso do ônibus, maior a depreciação”, disse Corsine em oitiva na CPI do Consórcio. As empresas possuem receita de R$ 1,2 bilhão, montante apenas dos oito primeiros anos de contrato.
Ao mesmo tempo, mantém frota velha para o transporte de passageiros em Campo Grande. Contudo, alega desequilíbrio financeiro.
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Após o diretor contábil afirmar que a frota ultrapassada causa depreciação, Luíza disparou: “Favoreceu um desequilíbrio, aumentou um custo e reduziu um patrimônio. Talvez esse desequilíbrio do Consórcio venha de uma própria atitude”, apontou Luíza.
Vale lembrar que em 12 de maio, o fiscal aposentado, Luis Carlos Alencar Filho, também disse que a frota velha aumenta os custos. “Essa frota que envelheceu, os problemas aumentam, a manutenção é muito mais cara, a manutenção preventiva acaba sendo reduzida”, disse.
Frota reduzida
Em 5 de maio, o diretor-presidente da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos), José Mario Nunes da Silva, disse em oitiva que o Consórcio possui 460 veículos.
“Com a pandemia houve a redução do número de usuários. Com essa redução, o que aconteceu? Tinha 575 ônibus, hoje 460, supre a necessidade”, considerou José Mario. O presidente da Agência reforçou que a quantidade é suficiente: “Não tem o que aumentar, tem o que repor, trocar, fazer a substituição dos ônibus atuais por ônibus novos”.
O fiscal aposentado destacou que “nunca faltou ônibus” em Campo Grande. “O plano funcional sempre existiu, talvez não quanto as pessoas queriam, mas supre a demanda”, opinou.
Consórcio negou ajuste de tarifa
O ex-diretor da Agereg (Agência Municipal de Regulação), Vinícius Campos, disse que calcularam o reajuste da tarifa, mas não aplicaram o reajuste. Ele participou de oitiva em 26 de maio.
“Nós conversamos com o Consórcio para esperar essa revisão, porque a tarifa ia explodir”, explicou. “A gente já tinha os cálculos da revisão, estavam favoráveis para que explodisse”, detalhou sobre a situação.
Neste mesmo sentido, destacou que as empresas concordaram em manter o preço da passagem de ônibus durante a gestão dele, até 2019. “O Consórcio entendeu também que para eles não era interessante explodir, porque teria uma fuga maior de passageiros”, disse.