Os membros da CPI do Transporte Coletivo — investigação iniciada em abril deste ano para apurar a precariedade do serviço prestado pelo Consórcio Guaicurus aos usuários de Campo Grande — se preparam a partir desta quarta-feira (9) para o que chamaram de “fase silenciosa”.
Após oitivas com interrogatórios a agentes públicos, dirigentes do consórcio e populares impactados pela falta de qualidade do serviço, os integrantes da Comissão vão se empenhar em elaborar relatórios individuais a serem entregues à relatora formal, vereadora Ana Portela (PL).

Além da parlamentar, integram a CPI: Lívio Leite, do União (presidente); Luiza Ribeiro, do PT; Maicon Nogueira, PP; e Júnior Coringa, do PSD, na posição de membros.

“Agora, a gente tem que se calçar de alguns cuidados legais. Então, a gente não vai ficar dando entrevistas, a gente vai tentar se resguardar um pouquinho, resguardar a relatora. A minha preocupação é deixar a relatora com uma maior tranquilidade para que ela possa trabalhar”, afirmou o presidente da CPI.
“Combinamos entre os membros de que cada um fará uma minuta das suas impressões com análise dos depoimentos, dos documentos, e as ações daquilo que cada um fez individualmente. A gente conversava, a gente falava entre nós, mas, assim, para que a gente possa ter a visão de cada um e isso possa ser encaminhado com o maior número de subsídio de dados possíveis”, explica Lívio.

A relatora Ana Portela afirma que o momento exige calma. “Temos que aguardar agora essa fase, realmente, que é uma fase silenciosa, para que a gente possa entregar um relatório transparente, sério, com a verdade que a população merece”, afirmou.
“Sabemos que temos ônibus sucateados, a gente sabe da negligência que está tendo das pastas; então, assim, a gente repetiu o que a gente já está vivendo nessa CPI aí desde o início”, pontuou, ao garantir que o diagnóstico final da CPI vai trazer muito além de apontamentos, “mas também soluções para Campo Grande”.
Uma das garantias asseguradas pela parlamentar acerca do relatório é a exigência da troca dos mais de 90 veículos sucateados.
Centenas de denúncias
Desde que foi instaurada, em março, a CPI do Consórcio recebeu mais de 640 denúncias por meio de mensagens, ligações, formulários, e-mails e presencialmente, na Câmara.
Em média, esse número representa mais de 200 denúncias por mês. Usuários do transporte coletivo da Capital relatam diariamente os desafios enfrentados com a precariedade do serviço, que envolvem o sucateamento dos veículos, o atraso dos coletivos e a falta de acessibilidade.
A CPI ouviu desde agentes públicos ligados às agências de regularização, até dirigentes e ex-dirigentes do Consórcio Guaicurus.
Atualmente, a Comissão realiza auditorias nas finanças da empresa, em busca de coletar informações contábeis que justifiquem alegações de insuficiência para investimentos de melhoria na frota e outras áreas diretamente ligadas à qualidade do serviço prestado ao cidadão.
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