Dois especialistas participam das oitivas da CPI do Consórcio Guaicurus, que investiga a má prestação do serviço do transporte coletivo de Campo Grande, nesta quarta-feira (2). Participarão professores nas áreas de engenharia, planejamento e mobilidade urbana.
A oitiva desta quarta busca aprofundar o entendimento técnico das questões que envolvem o transporte público coletivo de Campo Grande, com foco em melhorias concretas para a população.
A oitiva acontece após duras cobranças da população e questionamentos sobre a efetividade da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) e a Câmara Municipal.
Participam o professor Jurandir Fernando Ribeiro Fernandes e a professora Maria Lúcia Torrecilha. Ambos receberam convite da comissão para fornecer embasamento técnico e científico sobre o funcionamento do sistema de transporte público da Capital, além de aspectos ligados ao trânsito e à mobilidade urbana.
O professor Jurandir Fernandes é engenheiro mecânico formado pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), mestre pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e atualmente professor sênior da Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação da instituição.
Já Torrecilha é docente do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Além disso, atuou como servidora pública municipal entre 1982 e 2010, com foco em planejamento urbano.
A professora possui doutorado em Geografia Humana pela USP (Universidade de São Paulo), com período de estudos na Universidade Sorbonne, de Paris, e mestrado em Arquitetura e Urbanismo também pela USP.

CPI do Consórcio contratou assessorias
A CPI do Consórcio Guaicurus realizou nesta semana duas contratações que somam R$ 140 mil. As informações constam no Portal da Transparência e superam o informado anteriormente pelo presidente da Casa, vereador Papy (PSDB).
“Não vou saber o valor exato, mas penso que passou dos R$ 100 mil os dois juntos. É um pagamento só, um único trabalho”, disse recentemente.
No dia 23 de junho, a Câmara declarou a Platinum Contabilidade e Gestão Ltda (CNPJ 49.946.173/0001-96) vencedora de processo de inexigibilidade de licitação para prestar assessoria contábil à CPI. O valor é de R$ 55 mil. Ainda não foi assinado contrato.
Já no dia 25 de junho, a Casa Legislativa homologou outra licitação por inexigibilidade. Desta vez, o escritório Márcio Souza Sociedade Individual de Advocacia (CNPJ 48.717.171/0001-62) vence o processo e receberá R$ 85 mil pelo serviço.
Ao Jornal Midiamax, o presidente da CPI, vereador Lívio Leite (União), explicou que, inicialmente, não seria necessário contratar assessoria jurídica. “A ideia era aproveitar o escritório já contratado [pela Câmara]. Porém, o MP pediu a rescisão do contrato”, explicou.
Líderes de reclamações
A má conservação, a falta e os atrasos constantes de ônibus em Campo Grande lideram as reclamações contra o Consórcio Guaicurus. Relatório do grupo aponta que “a população clama por medidas urgentes, incluindo renovação da frota, ampliação das linhas, fiscalização efetiva e maior transparência na gestão”.
Assim, a partir das denúncias, os vereadores classificam a situação atual do transporte coletivo “como insustentável e prejudicial à qualidade de vida dos moradores de Campo Grande”. Ademais, a má conservação lidera as denúncias, seguida da falta de ônibus, e o mesmo percentual para atrasos dos veículos.
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