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Política

‘Erro estratégico’: Ovando diz que Bolsonaro sairá mais prejudicado após taxação de Trump

Em vídeo, o parlamentar pede para que cidadãos não se enganem com medida do governo norte-americano
Vinicios Araujo -
bolsonaro ovando
Deputado Luiz Ovando com o ex-presidente Jair Bolsonaro. (Foto, Reprodução, Redes Sociais)

O deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP) voltou a comentar a crise envolvendo Brasil e Estados Unidos. Mais uma vez, o parlamentar reitera críticas ao presidente norte-americano Donald pela taxação de 50% aos produtos brasileiros e afirma que o ex-presidente , mencionado na carta que anuncia as sanções, sairá “mais prejudicado do que está”.

Segundo Ovando, a imposição da tarifa de 50% pelos Estados Unidos contra produtos brasileiros “escancarou o uso político das relações internacionais”. Em vídeo, o parlamentar pede para que cidadãos não se enganem.

“Isso não passa de uma bravata. Esse índice de 50% causará ao Brasil um comprometimento significativo à economia. E a você que achando que presidente Trump está fazendo alguma coisa boa, correta, simplesmente errado. Ele está usando a história do ex-presidente Jair Bolsonaro e jogando os interesses da nação americana em cima do Brasil com essa taxação. Isso causará problemas, e o ex-presidente Jair Bolsonaro sairá muito mais prejudicado do que está, não somente pelo Supremo, mas pelo povo, que não vai aceitar esse tipo de acontecimento”, afirmou.

Para o parlamentar, o ex-presidente brasileiro, tratado como “amigo” em carta do norte-americano ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teria sido usado como ‘boi de piranha’ ao ser colocado como “contraste” na disputa entre o petista e Trump.

“Desde o início, alertamos: colocar o ex-presidente Bolsonaro como peça de contraste numa disputa entre Trump e Lula era um erro estratégico. Estavam usando seu nome como boi de piranha, e agora até sua própria base admite isso”, afirmou em nota à imprensa, na madrugada deste sábado, 12 de julho.

A nota do parlamentar afirma ainda que o episódio causou “exposição desnecessária de lideranças que deveriam ser preservadas, não instrumentalizadas”.

Entenda

Trump afirmou no comunidado enviado ao presidente Lula, no início desta semana, que “a forma como o Brasil tem tratado o ex-presidente Bolsonaro é uma vergonha internacional” e que “esse julgamento não deveria estar ocorrendo”.

Bolsonaro é réu no inquérito que apura a elaboração de um plano de golpe, deflagrado em 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes bolsonaristas invadiram as sedes dos Três Poderes em , causando danos ao patrimônio do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal.

Na carta, Trump considera que a investigação contra Bolsonaro “é uma Caça às Bruxas” e sugere “que deve acabar imediatamente”.

A resposta informal do governo brasileiro aponta para suposta ‘chantagem’ do presidente norte-americano, que trata Bolsonaro como “amigo”. Lula adotou tom de manutenção da soberania brasileira.

O chefe de Estado nacional afirmou que o “Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém. O processo judicial contra aqueles que planejaram o golpe de Estado é de competência apenas da Justiça Brasileira e, portanto, não está sujeito a nenhum tipo de ingerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais”.

‘Ataques e censura’

Trump também argumenta que o Brasil teria proferido ataques contra eleições livres e violado a liberdade de expressão dos americanos.

“Como demonstrado recentemente pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil, que emitiu centenas de ordens de secretas e ilegais a plataformas de mídia social dos EUA, ameaçando-as com multas de milhões de dólares e expulsão do mercado de mídia social brasileiro”, relembrou Trump sobre decisão de Moraes que manteve o X (antigo Twitter) pouco mais de 30 dias fora do ar por descumprir exigências da legislação brasileira.

Sobre isso, Lula afirmou que a sociedade brasileira é intolerante a conteúdos de ódio, racismo, pornografia infantil, golpes, fraudes, discursos contra os direitos humanos e a liberdade democrática. “No Brasil, liberdade de expressão não se confunde com agressão ou práticas violentas. Para operar em nosso país, todas as empresas nacionais e estrangeiras estão submetidas à legislação brasileira”, pontuou o presidente nas redes sociais.

‘Relação comercial injusta’

Na carta ao governo brasileiro, Trump chegou a afirmar, ainda, que a relação comercial com o Brasil seria injusta apesar do superávit registrado ao longo dos anos de comércio entre os dois países. “Entenda que os 50% são muito menos do que seria necessário para termos igualdade de condições em nosso comércio com seu país. E é necessário ter isso para corrigir as graves injustiças do sistema atual”, afirmou o presidente norte-americano.

A resposta do presidente brasileiro reitera falsidade da informação de prejuízo na balança comercial. “As estatísticas do próprio governo dos Estados Unidos comprovam um superávit desse país no comércio de bens e serviços com o Brasil da ordem de 410 bilhões de dólares ao longo dos últimos 15 anos”, destaca Lula.

O brasileiro afirmou que qualquer medida de elevação de tarifas de forma unilateral será respondida à luz da Lei brasileira de Reciprocidade Econômica.

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