Deputados estaduais de Mato Grosso do Sul entraram em debate, na sessão ordinária desta terça-feira (12), devido à análise da indicação que poderia autorizar a Casa de Leis a pedir punição aos deputados e senadores envolvidos no “motim” no Congresso Nacional em 5 e 6 de agosto.
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O grupo bolsonarista decidiu ocupar a Mesa Diretora da Câmara em tentativa de pressionar que seja colocado em votação o projeto que trata da anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
A mobilização aconteceu após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passar a cumprir prisão domiciliar por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal) por violar medidas cautelares, como uso de redes sociais de terceiros para agradecer apoiadores que participaram das manifestações em 5 de agosto.
A Corregedoria da Câmara dos Deputados recebeu pedidos de representação contra 14 deputados — incluindo Marcos Pollon (PL-MS), que vão de suspensão a perda de mandato.
A deputada Camila Jara (PT-MS) ficou de fora desta lista da presidência da Mesa Diretora, mas um pedido de representação foi entregue pelo PL e Novo diretamente à Corregedoria, depois que a congressista trocou empurra-empurra com Nikolas Ferreira (PL-MG).
Debate em MS
Em Mato Grosso do Sul, a deputada estadual Gleice Jane (PT) pediu que seja enviada uma indicação da Alems à Brasília para ser aberta uma representação por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética contra os deputados federais e senadores que promoveram atos que prejudicaram o regular funcionamento no Congresso Nacional.
O documento foi colocado em votação na sessão desta terça-feira (12), recebendo oito votos contrários e dois de apoio. Contudo, foi retirado de pauta devido à falta de quórum.
Deputados do partido de Bolsonaro criticaram a indicação. Coronel David (PL) disse que a “hipocrisia da esquerda não tem fim”.
- Deputada de MS defende processo por quebra de decoro dos políticos que ocuparam o Congresso Nacional
“Eles já agiram assim, eles obstruíram também o trabalho na Câmara, na época pedindo Lula Livre. E eles se esquecem disso. Então, quero registrar meu voto aí, não”, afirmou.
O deputado João Henrique Catan (PL) fez referências, sem dizer o nome, à deputada federal Camila Jara. “Seria a nossa casa solicitando e requerendo que outro poder tomasse uma iniciativa que compete exclusivamente esse outro poder, o que é algo completamente ilegal”, defendeu Catan.
Já a autora da proposta, deputada Gleice Jane, defendeu a legitimidade do pedido e a deputada Camila Jara. A parlamentar diz que o deputado mineiro caiu após a cadeira da presidência ter sido empurrada contra ele quando Hugo Motta (Republicanos-PB) levantou.
“Quero dizer que os deputados são livres para apoiar ou não a prática adotada no Congresso Nacional. Eu acho que é legítimo também se os deputados derrubarem essa indicação. É uma escolha política e não jurídica desse processo. Mas quero dizer aqui que essa moção, que é a indicação, tem como objetivo fazer um debate sério sobre os rumos que o país vai tomando. Porque no momento em que nós temos pautas sérias sendo debatidas no país, nós tivemos um motim de um grupo que queria parar a casa legislativa”, afirmou a petista.
A deputada Gleice Jane também protocolou um pedido para que seja encaminhada uma moção de protesto aos congressistas — “notadamente os deputados federais que lideraram e, conforme indícios, os senadores que aderiram aos atos — que, nos dias 5 e 6 de agosto de 2025, obstruíram, tumultuaram e deliberadamente prejudicaram o regular funcionamento do Congresso Nacional, em flagrante violação aos princípios da separação de Poderes, da legalidade e da moralidade pública”, diz o documento.
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