Há uma semana a Câmara de Bonito aprovou moção para homenagear o setor de licitações do município. Entre os nomes citados, está o da diretora de Licitações, Luciane Cintia Pazette — presa nesta terça-feira (7) em operação contra corrupção.
Além disso, a moção foi proposta pelo vereador Pedrinho Marambaia (PP), esposo da diretora. Nas redes sociais, o parlamentar possui o nome da esposa como parte da biografia.
No texto protocolado na Casa de Leis, o parlamentar considera o setor de Licitações como “coração pulsante da administração pública, responsável por garantir a legalidade, a transparência e a eficiência na aquisição de bens e serviços essenciais para a população”.
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A moção 35/2025 passou por votação no plenário em 29 de setembro. Por unanimidade, os vereadores aprovaram a homenagem.
Luciane foi presa durante operação contra rombo de R$ 4,3 milhões em licitações na cidade de Bonito. Ademais, o (Grupo Especial de Combate à Corrupção) também prendeu o secretário de Administração e Finanças, Edilberto Cruz Gonçalves.
O Jornal Midiamax acionou o vereador, esposo da diretora presa, para esclarecimentos. Contudo, não houve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para posicionamentos.
Prisões
Além deles, o Gecoc prendeu o empresário Carlos Henrique Sanches Corrêa e Luis Fernando Xavier Duarte, funcionário de imobiliária. Este terminou preso em flagrante por posse de arma de fogo. No entanto, recebeu liberdade após pagar fiança de R$ 2 mil.
Nota oficial do Ministério Público informou que havia quatro mandados de prisão para serem cumpridos. Portanto, não localizou um investigado, dado como foragido.
Os três primeiros estão sendo interrogados na Delegacia de Polícia Civil de Bonito.
Fraude de R$ 4,3 milhões em licitações
Além das quatro prisões, os agentes cumpriram 15 mandados de busca e apreensão em Bonito, Campo Grande, Terenos e Curitiba (PR). Agentes também estiveram na Prefeitura Municipal de Bonito.
A investigação do Gecoc identificou um grupo que atuava fraudando constantemente licitações de obras e serviços de engenharia em Bonito, desde 2021. São vários certames fraudados, simulando concorrência e prevendo exigências para favorecer as empresas investigadas.
Assim, servidores públicos integram o esquema, em que repassavam informações privilegiadas a empresários e organizavam a fraude licitatória para ajudar as empreiteiras a vencerem. Em troca, recebiam vantagens indevidas.
Logo, os investigados são suspeitos dos crimes de organização criminosa, fraude em licitações, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, entre outros.
“Águas Turvas”, termo que dá nome à operação, faz alusão a algo que perdeu a transparência ou limpidez, e contrasta com a imagem de Bonito, reconhecido por suas belezas naturais e águas cristalinas, as quais, contudo, vêm sendo maculadas pela atuação ilícita dos investigados.
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