O deputado estadual Pedro Kemp (PT-MS) acredita que uma eventual condenação de Jair Bolsonaro (PL) deve enfraquecer o bolsonarismo para as eleições em 2026, reforçada pela concorrência ‘interna’ na direita para a disputa presidencial. Ao menos 4 presidenciáveis com proximidade ao espectro já sinalizaram interesse na disputa: Tarcísio de Freitas (Republicanos), Romeu Zema (Novo), Ronaldo Caiado (União Brasil) e Ratinho Júnior (PSD).
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“Acho que, com a provável condenação do ex-presidente, o bolsonarismo perde força nas próximas eleições com várias candidaturas neste espectro político disputando o seu espólio”, disse ao Jornal Midiamax.
Em relação ao julgamento do ex-presidente, agendado para terça-feira, 02/09, Kemp afirma que será oportunidade de comunicar ao mundo que “instituições funcionam e a justiça prevalece”.
“O Brasil não pode mais conviver com tentativas de golpe e ameaças às instituições democráticas. Por isso, espero que o julgamento do ex-presidente Bolsonaro e do chamado núcleo crucial do golpe resulte em condenação dos envolvidos e que sirva de exemplo para as futuras gerações de que não vale a pena apostar em saídas autoritárias para nossos problemas. Nosso país é uma potência econômica e exerce hoje uma liderança importante no cenário político internacional, através da respeitabilidade conquistada pelo presidente Lula. Precisamos dizer ao mundo que nossas instituições funcionam e a justiça prevalece”, disse o parlamentar.
Bolsonaro entre os réus
Jair Bolsonaro, 38° presidente da República do Brasil, enfrentará o julgamento da 1ª Turma do STF a partir desta terça-feira (2).
Ele e outros sete acusados nos atos antidemocráticos do 8 de janeiro de 2023 serão julgados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
Somente o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, que, atualmente, é deputado federal, conseguiu benefício de suspensão de parte das acusações, respondendo, assim, a três dos cinco crimes. A regra é garantida na Constituição.
Ramagem continua respondendo pelos crimes de golpe de Estado, organização criminosa armada e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
Além de Bolsonaro e Ramagem, integram o banco dos réus:
- Almir Garnier – ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
- Augusto Heleno – ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional);
- Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;
- Walter Braga Netto – ex-ministro de Bolsonaro e candidato a vice na chapa de 2022;
- Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
O julgamento pode levar para a prisão o ex-presidente da República e generais do Exército, pela acusação de golpe de Estado. A medida é inédita, desde a redemocratização do país.
A 1ª Turma é composta por Alexandre de Moraes, que é o relator do caso; Cristiano Zanin; Flávio Dino; Luiz Fux; e Cármen Lúcia. Foram reservadas cinco sessões para o julgamento, que ocorrerão nos dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro.
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(Revisão: Dáfini Lisboa)