Durante sessão na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), o deputado estadual Pedro Kemp (PT) cobrou explicações do governo estadual sobre a recente viagem de uma comitiva formada por três servidores a Israel, em meio ao agravamento do conflito no Oriente Médio.
A comitiva foi integrada pelo Secretário Executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação, Ricardo José Sena; pela secretária-adjunta de Saúde, Christinne Maymone; e pelo coordenador de Tecnologia da Informação da Secretaria de Saúde, Marcos Espíndola.
Eles ficaram retidos no país por cerca de seis dias após a escalada dos conflitos, o que acabou gerando repercussão no Estado.
O grupo já retornou ao Brasil e retomou os trabalhos ontem nas respectivas secretarias.
“O que foram fazer lá?”
Na tribuna da Alems, nesta terça-feira (24), Kemp questionou o real objetivo da missão.
“Foram oficialmente representando o Estado de Mato Grosso do Sul? Sim ou não?”, indagou o parlamentar.
Ele cobrou, ainda, que o governo apresente informações detalhadas sobre o custo total da viagem custeada com recursos públicos.
O deputado também chamou a atenção para o fato de que, desde outubro de 2023, o MRE (Ministério das Relações Exteriores) emite alerta desaconselhando viagens não essenciais para Israel e territórios vizinhos, justamente em razão do agravamento do conflito.
Saúde e tecnologia ou privatização?
Pedro Kemp também pediu esclarecimentos sobre quais eventos oficiais do Estado a comitiva foi participar e quais os resultados práticos da missão para a administração pública.
“Aliás, em área da saúde, o Mato Grosso do Sul está para terceirizar os hospitais, os serviços de saúde, vai levar para esse lado, e esses servidores foram lá fazer o que então?”, criticou.
O parlamentar também fez críticas à escolha de Israel como destino, justamente em meio ao atual cenário de guerra.
“Não há nenhum motivo para qualquer brasileiro visitar Israel neste momento, que está tentando eliminar o povo palestino. O que está acontecendo na Faixa de Gaza é um genocídio, é uma limpeza étnica que deveria ser condenada pelo mundo inteiro”, declarou Kemp, citando o posicionamento do presidente Lula da Silva (PT), que tem denunciado internacionalmente a crise humanitária na região.
Kemp concluiu a fala reforçando que a Assembleia tem o direito e o dever de saber os reais objetivos da viagem, os custos envolvidos e quais benefícios essa missão trouxe, de fato, para Mato Grosso do Sul.
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