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Política

Depoimentos de ex-funcionários na CPI podem virar ação trabalhista contra consórcio

A oitiva foi requerida pela vereadora Luiza Ribeiro (PT), integrante da CPI, e trouxe à tona o que os ouvidos classificaram como um cenário “desumano”
Vinicios Araujo -
cPI CONSÓRCIO EX-FUNCIONÁRIOS FROTA
Ex-motorista participou a distância, pois agora trabalha em coletivos de Florianópolis. (Henrique Arakaki, Midiamax)

Relatos de ex-funcionários sobre condições insalubres, descaso com usuários e práticas abusivas no de foram ouvidos nesta terça-feira (11) pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Transporte Público da Câmara Municipal.

O conteúdo será encaminhado ao Ministério Público do Trabalho da 24ª Região, que pode abrir investigação e tomar medidas judiciais contra o .

A oitiva foi requerida pela vereadora Luiza Ribeiro (PT), integrante da CPI, e trouxe à tona o que os ouvidos classificaram como um cenário “desumano”, tanto para quem utiliza o transporte quanto para quem trabalha nele.

O primeiro a prestar depoimento foi Weslei Conrado, ex-motorista do Consórcio, que atuou entre 2022 e 2024. Ele denunciou o sucateamento da frota, superlotação dos veículos, jornadas extenuantes e falhas graves de manutenção, como ônibus circulando com o velocímetro quebrado e elevadores de acessibilidade inoperantes.

“Já tive que circular com um veículo que estava com o elevador estragado e tive que falar pro usuário cadeirante para esperar outro ônibus, e isso era triste. Também fui obrigado a colocar passageiros pra dentro do ônibus até não caber mais. Eu não aguentei mais esse tipo de situação e pedi afastamento, pois as condições estavam desumanas”, declarou. Atualmente, ele atua no transporte público de Florianópolis (SC), onde afirma ter melhores condições de trabalho.

Na sequência, a CPI ouviu Gabriel da Silva Souza Almeida, que trabalhou por seis meses no setor de bilhetagem do Consórcio. Ele relatou a inexistência de ventilação e ar-condicionado nas cabines, ausência de mobiliário adequado, além de denúncias de assédio moral e pressão constante por parte da supervisão.

“Meu objetivo é mostrar para a sociedade que, além de um serviço de péssima qualidade e tarifa abusivamente cara, o Consórcio Guaicurus contribui com a fragilização dos direitos trabalhistas e para o aumento da exploração de trabalho, que, por consequência, piora a qualidade do serviço prestado”, afirmou.

A CPI avalia que os depoimentos reforçam a necessidade de aprofundar as investigações e, agora, a comissão quer a atuação do Ministério Público do Trabalho. Segundo os vereadores, o material será enviado formalmente para análise da procuradoria, que poderá instaurar procedimento e responsabilizar os gestores do Consórcio, caso as irregularidades sejam comprovadas.

A comissão segue com oitivas e deve apresentar relatório com medidas e responsabilizações em agosto. Está prevista ainda uma audiência pública para o dia 25 deste mês, com forte participação popular. A comissão avalia incluir ‘links ao vivo’ direto dos principais pontos de ônibus da Capital.

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