O prefeito interino de Terenos, Arlindo Landolf Filho do Republicanos, publicou um decreto suspendendo, por 90 dias, os contratos com as empresas investigadas em um esquema de corrupção milionário, na cidade distante aproximadamente 30 quilômetros de Campo Grande. A informação foi publicada no Diário Oficial da Assomassul desta quarta-feira (17).
Conforme o decreto, o município pode adotar contratos emergenciais para serviços considerados essenciais. A informação já havia sido anunciada pelo Jornal Midiamax na última segunda-feira (15), quando o presidente da Câmara de Terenos, Leandro Guimarães (Podemos), revelou que havia se reunido com o Chefe do Executivo, o qual adiantou que iria suspender os contratos e os pagamentos com as empresas investigadas na Operação Operação Spotless deflagrada pelo Gaeco Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção)no último dia 09 de setembro.
A operação resultou na prisão do então prefeito Henrique Budke (PSDB). O esquema de corrupção em licitações ultrapassam os R$ 15 milhões. O chefe do Executivo afastado pediu o afastamento do cargo na quinta-feira (11).
Operação do Gaeco em Terenos prende prefeito
Foram expedidos 16 mandados de prisão, além de 59 mandados de busca e apreensão em Terenos, Campo Grande e Santa Fé do Sul (SP).
Veja a lista parcial de presos:
Henrique Wancura Budke, prefeito de Terenos
Arnaldo Santiago, empresário
Eduardo Schoier, empresário
Fábio André Hoffmeister Ramires, policial militar e empresário
Fernando Seiji Alves Kurose, empresário
Genilton da Silva Moreira, empresário
Hander Luiz Corrêa Chaves, empresário
Nadia Mendonça Lopes, empresária
Orlei Figueiredo Lopes, empresário
Sandro José Bortoloto, empresário
Sansão Inácio Rezende, empresário
Valdecir Batista Alves, empresário
Prefeito de Terenos chefiava esquema de fraude em licitação
Henrique Budke é apontado como líder da organização criminosa alvo da Operação Spotless, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), na terça-feira, 9 de setembro.
A investigação apontou que o grupo liderado por Budke tinha núcleos com atuação bem definida. Servidores públicos fraudaram disputa em licitações, a fim de direcionar o resultado para favorecer empresas.
Os editais foram elaborados sob medida e simulavam competição legítima. Somente no último ano, as fraudes ultrapassaram os R$ 15 milhões.
O esquema ainda pagava propina para agentes públicos que atestavam falsamente o recebimento de produtos e de serviços, bem como aceleravam os processos internos para pagamentos de contratos.
A Operação Spotless foi deflagrada a partir das provas da Operação Velatus, que foi realizada em agosto de 2024. O Gaeco e Gecoc obtiveram autorização da Justiça e confirmaram que Henrique Budke chefiava o esquema de corrupção.
Spotless é uma referência à necessidade de os processos de contratação da administração pública serem realizados sem manchas ou máculas. A operação contou com apoio operacional da PMMS (Polícia Militar de MS), por meio do BPCHq (Batalhão de Choque) e do Bope (Batalhão de Operações Especiais).
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