A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ouviu o advogado Eli Cohen nesta segunda-feira (1). Aos senadores, ele alegou que não recebeu retorno das autoridades policiais após denunciar as fraudes.
Ele teria ficado dois meses sem resposta após protocolar a notícia-crime sobre fraudes nos benefícios. Então, justificou aos senadores que procurou a imprensa após a espera para chamar atenção sobre o caso.
A Comissão considera o advogado como peça-chave para as investigações sobre as fraudes bilionárias. Cohen disse que mesmo após ressarcimento, idosos ficaram no prejuízo.
“Ninguém vai devolver para esses aposentados o sofrimento que eles passaram”, destacou.
Além disso, Mato Grosso do Sul contou com quatro parlamentares presentes na oitiva desta segunda-feira (1). Foram eles: senadora Tereza Cristina (PP), senador Nelsinho Trad (PSD), senadora Soraya Thronicke (PODE) e deputado federal Beto Pereira (PSDB).
Entenda a CPMI
Investigações da Polícia Federal e da CGU apontaram, em abril, um esquema que cobrava mensalidades irregulares de aposentados e pensionistas. Assim, os descontos dos benefícios aconteciam sem autorização. Os desvios investigados, referentes ao período de 2019 até 2024, somam cerca de R$ 6,3 bilhões.
Em julho, o governo federal editou medida provisória que abriu crédito extraordinário ao Orçamento da União, de R$ 3,3 bilhões, para ressarcir os prejudicados (MP 1.306/2025).
Logo, a CPMI terá 180 dias para investigar as fraudes. O pedido de criação da CPMI é de 12 de maio. As autoras são a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e a deputada Coronel Fernanda (PL-MT).
Assim, leitura do pedido durante sessão do Congresso oficializou a criação da comissão. O requerimento teve o apoio de 223 deputados e 36 senadores — número superior ao mínimo exigido (um terço da composição de cada Casa). A comissão mista contém por 15 senadores e 15 deputados no grupo de titulares.