Membros da Comissão Parlamentar de Inquérito, a CPI da Câmara de Campo Grande que investiga irregularidades do Consórcio Guaicurus, empresa responsável pelo transporte coletivo na Capital, realiza a última reunião, antes da entrega do relatório final da investigação.
A reunião está prevista para acontecer nesta tarde de quarta-feira (10) na Casa de Leis. Segundo membros da CPI, o relatório final da investigação deve ser apresentado na sexta-feira (12). Membros da diretoria do Consórcio Guaicurus podem virar alvo de pedidos de indiciamento pela CPI cinco meses após a instauração da investigação, em 18 de março.
De acordo com a vereadora e membro da CPI, Luiza Ribeiro (PT), há elementos encontrados pela CPI que justificariam o pedido de indiciamento de diretores do Consórcio Guaicurus.
“Tem indiciamento de várias autoridades que deixaram de cumprir. Eu acredito que alguns diretores do Consórcio também serão indiciados por não fazer contrato de seguro, por fazer os carros andarem na condição que a frota está, pegando fogo. Alguém tem que responder por isso. Não iremos decidir se é criminal, mas podem ser indiciados”, explicou a vereadora. O documento também pode incluir a proposta do projeto “Ar no Busão”, que prevê a obrigatoriedade de comprar novos ônibus com ar-condicionado. Atualmente, o recurso que oferece conforto térmico fica à mercê de negociação entre a Prefeitura e o Consórcio Guaicurus para ser incluído na nova frota.
O que esperar da CPI?
A CPI tem reunido documentos e realizado oitivas com servidores públicos, trabalhadores e passageiros de ônibus. O trabalho apontou diversas reclamações e o sucateamento da frota, que não tem nem previsão de ser renovado mesmo após determinação da Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande).
Superlotação, atraso das linhas de ônibus e má conservação foram algumas das principais reclamações recebidas pela ouvidoria da CPI. De acordo com o presidente da comissão, vereador Dr. Lívio (União), uma reunião entre os membros do colegiado deve discutir o relatório final antes da apresentação.
Além do grupo de empresas que explora o serviço na Capital, depoimento de servidores públicos apontou a precariedade, especialmente a insuficiência de trabalhadores nas agências que cuidam do contrato, como Agereg e Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito).
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