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Política

Confira quem são os 17 vereadores que não assinaram a CPI do Consórcio Guaicurus

Vereadores justificam os motivos para não terem assinado o documento até o momento
Thalya Godoy, Dândara Genelhú -
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vereadores câmara de campo grande
Campo Grande possui 29 vereadores. (Reprodução, Câmara de Campo Grande)

O requerimento da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Consórcio Guaicurus foi apresentado oficialmente à Câmara de Vereadores de Campo Grande, na segunda sessão ordinária do ano, na última quinta-feira (20). Até o momento, 12 dos 29 vereadores demonstraram apoio à investigação.

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Para ser apresentado à Casa de Leis, era preciso que, pelo menos, um terço dos parlamentares, ou seja, dez deles, apoiassem o documento. 

A maioria dos que não assinaram alegou na sessão que receberam o requerimento apenas naquele dia e que iriam lê-lo para tomar uma decisão. Apenas o Delei Pinheiro (PP) já adiantou que não irá assinar porque não acredita que a CPI tenha potencial. 

Alguns dos vereadores defendem que a solução para o transporte público em Campo Grande está na estatização do serviço. Enquanto outros defendem acabar com o monopólio do Consórcio Guaicurus ou que o serviço atual prestado pela empresa seja melhorado. 

O vereador Veterinário Francisco (União Brasil) assinou o documento após a apresentação oficial, passando para 12 assinaturas. Confira a lista de quem assinou: 

  1. Junior Coringa (MDB)
  2. Ana Portela (PL)
  3. André Salineiro (PL)
  4. Rafael Tavares (PL)
  5. Jean Ferreira (PT)
  6. Luiza Ribeiro (PT)
  7. Landmark (PT)
  8. Maicon Nogueira (PP)
  9. Fábio Rocha (União Brasil)
  10. Flávio Cabo Almi (PSDB)
  11. Ronilço Guerrero (Podemos)
  12. Veterinário Francisco (União Brasil)

Assim, restam 17 vereadores de Campo Grande que ainda NÃO assinaram a CPI do Consórcio. São eles:

  • Marquinhos Trad (PDT)
  • Carlão (PSB)
  • Silvio Pitu (PSDB)
  • Professor Riverton (PP)
  • Dr. Victor Rocha (PSDB)
  • Professor Juari (PSDB)
  • Papy (PSDB)
  • Neto Santos (Republicanos)
  • Delei Pinheiro (PP)
  • Wilson Lands (Avante)
  • Herculano Borges (Republicanos)
  • Beto Avelar (PP)
  • Dr. Jamal (MDB)
  • Clodoilson Pires (Pode)
  • Dr. Lívio (União)
  • Leinha (Avante)
  • Otávio Trad (PSD)

O Jornal Midiamax acionou os 17 parlamentares, para esclarecimentos sobre o requerimento da CPI. Contudo, 12 responderam à reportagem.

vereadores não assinaram CPI
Vereadores que não assinaram a CPI até esta sexta-feira (21). (Reprodução, Câmara de Campo Grande)
Confira os motivos citados para não assinar o pedido de CPI:

Papy (PSDB)

O presidente da Casa de Leis, vereador Papy (PSDB), disse que não irá assinar para evitar possível influência. “Sempre assinei outros as CPIs que tiveram, das águas, do transporte, não sou contra não. Acho que como presidente eu prefiro tomar uma posição mais institucional. Influencia um pouco a assinatura do presidente, então para que seja uma decisão do plenário, da maioria dos vereadores, das bancadas, mas não por oposição a CPI de forma alguma”, explicou ao Jornal Midiamax.

Clodoilson Pires (PODE)

Clodoilson Pires (Pode) disse que o requerimento precisa de mais análise. “Não assinei o requerimento da CPI do Consórcio porque entendo que qualquer pedido de investigação precisa estar embasado em documentos concretos”.

O vereador do Podemos destacou ainda que a CPI não pode ser usada como ferramenta política. “Além disso, há uma dúvida sobre a legalidade e a previsão deste novo pedido de CPI, já que, na legislatura passada, uma solicitação semelhante foi apresentada, gerando grande repercussão, mas contendo falhas que impediram seu andamento. Agora, a situação exige ainda mais cautela afim de evitar equívocos. A CPI não pode ser usada como ferramenta política”, pontuou.

Dr. Jamal (MDB)

Dr. Jamal (MDB) se limitou a dizer que deve analisar melhor o pedido de CPI do Consórcio.

Prof. Juari (PSDB)

Para o professor Juari (PSDB), a possibilidade da CPI levanta série de questionamentos, entre eles: as investigações poderão afetar a gratuidade do passe aos estudantes?

“Então, são questionamentos que eu gosto de fazer antes de assinar uma CPI. Eu não sou ‘maria vai com as outras’, eu não sou populista, eu não posso assinar uma coisa de maneira inconsequente para depois reverberar contra o próprio mandato”, pontuou o vereador.

Delei Pinheiro (PP)

O vereador do Progressistas não acredita que a CPI tenha potencial de promover mudanças. Apesar de ponderar que o serviço precisa melhorar, considera que os empresários do Consórcio Guaicurus vão conseguir provar que estão no prejuízo.

“Eu não assinei, não vou assinar, não quero participar, porque eu tenho certeza que esse ‘tiro vai sair pela culatra’ [sic]. Eu tenho certeza que esses empresários vão acabar mostrando que realmente estão tendo prejuízo. Se não tivesse, não teria um reconhecimento Executivo onde subsidia todos os meses certos valores e o Governo do Estado também subsidia. Então, eu entendo que vai sair pela culatra esse tiro que estão querendo dar, em vez de subsidiar um valor, vai ter que subsidiar muito mais do que eles estão pensando”, projeta.

Prof. Riverton (PP)

O líder do PP na Câmara de Vereadores explicou que recebeu no documento que irá esperar o parecer jurídico da Procuradoria da Casa de Leis para decidir se irá assinar ou não o documento em apoio a CPI.

“A gente vai dar uma lida no requerimento, o Consórcio Guaicurus também está aguardando uma perícia técnica do judiciário, foi o que me informaram, e a gente vai fazer o que é melhor pra população, acompanhar todos os andamentos, o trabalho legislativo tá começando por agora […] agora formalizando a gente vai acompanhar todos os pareceres técnicos, além de ir na rua também acompanhar o trabalho do Consórcio Guaicurus”, explicou.

Neto Santos (Republicanos)

O vereador afirmou à reportagem que irá analisar o documento junto ao jurídico para decidir se irá assinar ou não, especialmente no tópico do fato determinante que irá tocar as investigações. O vereador também aponta a necessidade de chamar um especialista para auxiliar os trabalhos caso a CPI seja instaurada.

“Nós temos que contratar, de repente, uma empresa que entenda do assunto porque são muitos códigos, muitas coisas que eu acredito que nem todos os vereadores entendem o significado daquilo. Então, [é preciso] uma pessoa técnica para que o relatório seja realmente técnico e não levado pela emoção ou pela política, que seja em prol do povo”, acredita.

Wilson Lands (Avante)

O vereador exerce o primeiro mandato e assumiu a presidência da Comissão Permanente de Mobilidade Urbana, criada justamente para acompanhar o tema após uma tentativa de emplacar uma CPI ter fracassado na Casa de Leis anos atrás. Ele afirmou que é a favor de uma investigação, mas que irá analisar o requerimento.

“O transporte está precário e vergonhoso. Acho que o Consórcio Guaicurus só reprimiu a nossa população, mas precisamos ter responsabilidade. Primeiro, a gente tem que encontrar dentro da casa alternativas que fiscalizem realmente o transporte público para que não vire algo populista, até para que a população veja que faça efeito no dia a dia”, diz

Otávio Trad (PSD)

Otávio Trad é outro parlamentar que esperou o documento oficial para tomar uma decisão sobre o requerimento da CPI. “Eu acredito que o serviço precisa ser melhorado, é um problema que a gente enfrenta desde o primeiro mandato que eu estou aqui, e que, infelizmente, a gente não vê nenhum tipo de melhora, principalmente, para quem utiliza, na questão da qualidade. Então é um assunto que tem que estar em pauta, e é um assunto que a gente vai tratar com bastante ênfase”, afirma.

Herculano Borges (Republicanos)

O ex-deputado estadual e, atual vereador, explicou que irá analisar o documento junto a equipe jurídica. “A abertura de uma CPI precisa ter um fato determinante bem fundamentado, tomar cuidado para que não tenha profundidade e traga ilusões […] se tiver essa profundidade iremos participar também”, esclarece.

Dr. Lívio Leite (União Brasil)

O vereador assumiu a presidência da Comissão Permanente de Transporte e Trânsito. Ao Midiamax, o parlamentar explicou que, eventualmente, deve assinar o requerimento, mas que pretende fazer um convite para uma oitiva entre Consórcio Guaicurus e a Prefeitura de Campo Grande sobre o cumprimento do contrato.

“Não adianta só cobrar o Consórcio. Há 20 anos se cobra isso e o que mudou? Sabe o que muda todo ano? A tarifa? Sabe quem faz o cálculo da tarifa? A Agereg [Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande]. E aí? A única coisa que muda todo ano no transporte coletivo de Campo Grande é a tarifa”, crítica.

Dr. Victor Rocha (PSDB)

O vereador líder do PSDB na Casa de Leis acredita que a investigação precisa englobar a Prefeitura de Campo Grande e o Consórcio Guaicurus par analisar quais pontos são descumpridos no contrato de concessão.

“Em vários lugares a gente vê que não tem nem um ponto de ônibus, tem só um pedacinho de madeira lá escrito ‘ônibus’, o que é muito ruim, principalmente, em dias de frio e chuva […] se a gente for assinar, é pensando na melhoria da qualidade do serviço oferecido pelo município de Campo Grande […] eu acho que, antes de pensar em quebra de contrato, precisamos entender melhor quais são os pontos que estão sendo descumpridos e como pode ser equacionado isso para que a população tenha um melhor atendimento no transporte público”, acredita.

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