O deputado João Henrique Catan (PL) apresentou em sessão na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) nesta terça-feira (29) uma moção de aplausos pela atuação do Batalhão de Choque no bloqueio do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na MS-379, em Dourados.
Durante o pequeno expediente, Catan se referiu à moção de aplauso em homenagem à Polícia Militar. Depois, o deputado Zeca do PT apresentou moção de repúdio à atuação do Choque. “[…] lutando por um pedaço de terra que produz um alimento que o agronegócio não produz, nesse estado selvagem, e infelizmente virou caso de polícia”, disse.
Por sua vez, o deputado Coronel Davi (PL) também apresentou moção de repúdio, mas sobre a ação do MST na área. Ele alegou que o bloqueio afetava o direito de ir e vir e foi apoiado pelos deputados Catan e Neno Razuk (PL).
A fala foi rebatida pelos petistas Zeca e Gleice Jane, que defenderam as demandas do MST. A partir de então iniciou-se uma discussão, onde os deputados pediam ‘pela ordem’. Assim, acabou suspensa por 3 minutos pelo deputado Renato Câmara (MDB), que presidia a sessão.
Bloqueio do MST
Os policiais usaram bombas de efeito moral e máquinas e conseguiram expulsar o grupo que estava na parte interna do imóvel que pertence à JBS.
O clima ficou tenso e as negociações tiveram que ser intermediadas pelo MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário) e Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
O secretário da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), Antonio Carlos Videira, explicou que a atuação das equipes no local ocorreu mediante a saída voluntária.
“Não tinha mandado de reintegração de posse, porque não precisa, eles entraram ontem e a gente tirou durante o período de flagrante. Mediante a mediação de saída voluntária”, disse.
‘Produção de alimentos’
Maquinário da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) também esteve presente para a retirada dos barracos que haviam sido montados no local.
Em nota publicada nas redes sociais, o MST-MS (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) afirma que a invasão é uma reivindicação pela destinação da área para a produção de alimentos.
“Na manhã deste sábado (26), cerca de 300 trabalhadores rurais ocuparam o latifúndio no município de Dourados, próximo ao Distrito de Panambi, reivindicando a destinação da área para a produção de alimentos saudáveis, livres de agrotóxicos. O acampamento Esperança, em si, já é produtivo, pedagógico e formativo, havendo produção de viveiros, visando, com maestria, a Agroecologia”, diz trecho da nota.
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