Cerca de 500 indígenas de diversos povos em Mato Grosso do Sul estão em Brasília para o Acampamento Terra Livre, a maior Assembleia dos Povos e Organizações Indígenas do Brasil. O evento ocorre durante toda a semana.
Levam as demandas dos indígenas sul-mato-grossenses para a assembleia o representante executivo da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) em MS, Alberto França Terena, e o coordenador do Conselho do Povo Terena de MS, Valcelio Figueiredo Terena.
Neste terça-feira (8), os indígenas participaram de uma marcha contra o Marco Temporal. Segundo a ex-subsecretária de Políticas Públicas dos Indígenas de Mato Grosso do Sul, Silvana Terena, a principal demanda dos povos do Estado é a demarcação.
O evento deve reunir 9 mil indígenas do Brasil e também com representantes a nível internacional. Ao todo, 8 ônibus e carros saíram de MS com destino à Brasília, com cerca de 500 indígenas. O ATL (Acampamento Terra Livre) ocorre anualmente desde 2004, no mês de abril, no Distrito Federal.
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“[…] em pauta a educação escolar indígena, saúde e demarcação do nosso território. Então nós estamos aqui até sexta-feira pautando isto para entregar para várias organizações, instituições governamentais para que as nossas pautas sejam aí encaminhada de uma forma que dê resultado”, diz Alberto Terena.

Da aldeia Aldeinha, em Anastácio, a educadora e pesquisadora Évelin Hekeré representa também as mulheres indígenas de Mato Grosso do Sul. “[…] é uma grande reunião com as grandes lideranças de vários povos de todo o Brasil para discutir nossas demandas e nossas cidades. Então, hoje, a mulher terena está sendo representada aqui dentro desse espaço de Brasília, buscando melhorias para nossas comunidades, nossas crianças, nossas anciãs”, diz.
Acampamento Terra Livre
O 21º Acampamento Terra Livre começou na segunda-feira (7) e vai até sexta-feira (11). A mobilização está estruturada em cinco eixos: “Apib Somos Todos Nós”, “Resistência e Conquista”, “Desconstitucionalização de Direitos”, “Fortalecendo a Democracia” e “Em Defesa do Futuro – A Resposta Somos Nós”.
Entre os temas debatidos na plenária principal do ATL estão os conflitos em territórios indígenas, a criação da Comissão Nacional da Verdade Indígena, a Câmara de Conciliação do STF (Supremo Tribunal Federal), a transição energética justa e a resistência LGBTQIA+.
Nesta terça e na quinta-feira (10), os povos indígenas marcham pelas ruas da capital federal nos atos “Apib Somos Todos Nós: Nosso Futuro Não Está à Venda” e “A Resposta Somos Nós”. Além disso, serão lançados um documentário sobre os 20 anos da Apib e a Comissão Internacional Indígena para a COP30.
O Acampamento Terra Livre é organizado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil e suas sete organizações regionais de base: Apoinme, ArpinSudeste, ArpinSul, Aty Guasu, Conselho Terena, Coaib e Comissão Guarani Yvyrupa. Segundo a Apib, são esperados entre 6 e 8 mil indígenas de mais de 200 povos para a mobilização.

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