O ex-ministro Edinho Silva foi eleito o novo presidente nacional do PT. O resultado foi divulgado nesta noite de segunda-feira (7), após decisão da Justiça sobre a confusão no diretório de Minas Gerais.
Apoiado pelo presidente Lula (PT), Edinho era o favorito ao pleito. Seu principal adversário foi o deputado federal Rui Falcão (PT-SP), que já dirigiu a sigla anteriormente e se lançou como independente. Os petistas históricos Romênio Pereira e Valter Pomar correram por fora.
O resultado após o partido conseguir reverter a decisão que suspendeu a votação em Minas Gerais ontem. Um litígio sobre a inclusão da candidatura da deputada Dandara Tonantzin (PT-MG) ao diretório estadual travou a votação no estado e, com embate na Justiça, a votação acabou anunciada sem os votos mineiros.
Edinho, prefeito de Araraquara (SP) por oito anos, era o nome da corrente majoritária do PT. A CNB (Construindo um Novo Brasil), da qual o presidente Lula faz parte, representa quase 50% dos votos de filiados.
A eleição, segundo o Portal Uol, aconteceu depois de oito anos de gestão de Gleisi Hoffmann. Então líder do PT no Senado, ela assumiu o partido em junho de 2017, em meio à Operação Lava Jato, momento mais delicado da história da sigla. Ela passou o posto temporariamente ao senador Humberto Costa (PT-PE) quando foi nomeada ministra das Relações Institucionais, em março deste ano.
Recheada de governistas, como o ministro Fernando Haddad (Fazenda), Gleisi e o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), a CNB optou pela suavização. Membros da corrente defendem que o partido conseguiu seus maiores êxitos quando dialogou com siglas ao centro e com setores mais distantes do tradicional discurso petista (bancos e mercado financeiro, por exemplo), como ocorreu nos primeiros mandatos de Lula e na eleição de 2022.
A discussão, não exatamente uma novidade no PT, se dá entre aumentar o diálogo ao centro ou esticar a corda à esquerda. Edinho, conhecido como conciliador, defende a primeira estratégia.
O ponto do grupo, defendido por Edinho, é que a população já está dividida e que as chances maiores de crescimento estão no consenso. Não à toa, este é o tom que mais se aproxima do governo. Ministros defendem que o partido tenha posicionamento independente, mas “é preferível” que some com o discurso de Lula, não que antagonize a ele — até o ex-ministro José Dirceu, liderança importante, aderiu a este discurso e declarou apoio público a Edinho.
Ex-ministro de Dilma Rousseff (PT), Edinho tem acesso direto ao Planalto e o visita com frequência. No Rio de Janeiro, como anfitrião da cúpula do Brics, Lula conseguiu votar no pleito.
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