Bolsonaristas se reuniram na Afonso Pena, na manhã deste domingo (16), em uma manifestação por anistia aos presos pelo atentado a sede dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, em Brasília. O ato é um movimento nacional e o maior protesto deve ocorrer no Rio de Janeiro, com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro.
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Alguns parlamentares sul-mato-grossenses do PL marcam presença na praia de Copacabana em apoio ao ex-presidente. Nesta lista, estão os deputados federais Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira, acompanhado pela esposa e vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira; o deputado estadual João Henrique Catan, e a vereadora de Campo Grande, Ana Portela.
Já em Campo Grande, a concentração estava marcada para às 09h, em frente ao Bioparque Pantanal. Manifestantes vestem camisetas da seleção brasileira de futebol, balançam bandeiras do Brasil e levam cartazes com mensagens pedindo anistia.
O ato iniciou com hino e oração do Pastor Bruno. Segundo informações da Polícia Militar, a concentração às 09h30 reunia cerca de 200 pessoas. O grupo enfrenta calor de 29,2ºC com chapéus, camisetas de manga longa e se abrigam debaixo da sombra para enfrentar a alta temperatura.
Alguns manifestantes levantam cartazes para os motoristas e entregam adesivos na Afonso Pena. “Democracia só com contagem pública dos votos”; “liberdade de expressão” e “anistia já” são algumas das mensagens.
Manifestação pede por anistia aos presos nos atos golpistas
O vereador de Campo Grande, André Salineiro (PL), marcou presença na manifestação. Ele explicou que pede anistia pelos “inocentes”, mas pondera que “quem fez baderna precisa pagar pelo crime com uma pena justa”.
“Eu me coloco no lugar das pessoas que estão lá presas injustamente, poderia ser qualquer pessoa aqui. Eles estavam na época fazendo um movimento de protesto e caíram em uma cilada, nós sabemos o que aconteceu lá dentro. Então, apesar de tudo isso, eles lá sabem o que aconteceu e nós sabemos. Muitos entraram no ônibus sem saber que estavam sendo levadas para ser presa. Essa é a revolta, poderia ser qualquer um de nós”, apontou o vereador.
A aposentada Fátima Neto, de 70 anos, contou ao Midiamax que sempre participa das manifestações. Neste domingo, foi acompanhada de uma amiga, manifestar por três pontos que considera fundamentais. “Liberdade de expressão, volta da democracia e principalmente a anistia”, defende.
Outra aposentada de 67 anos, que não quis se identificar, resumiu a participação mostrando o cartaz que dizia “anistia, liberdade já”. “Só pedimos isso”, pontuou.
A produtora rural Mirian Junqueira, de 61 anos, foi ao ato acompanhada do esposo. “Basicamente eu peço aqui na anistia para as pessoas do oito de janeiro, e a liberdade de expressão para vivenciar a democracia”, afirma.
Já o marido Pedro Junqueira, de 63 anos, espera que o ato chame a atenção da população. “Espero que isso sirva para conscientizar a população, da necessidade do STF ser uma entidade não partidária e não política. E que as pessoas se conscientizem da importância dos votos auditados. São os pontos com maiores problemas do Brasil”, acredita.
Uma empresária de 65 anos, que não quis se identificar, contou que já foi várias vezes para Brasília. “Liberdade para essa gente, eles estão pagando por uma coisa injusta, eles estavam defendendo a liberdade de expressão”, defende.
Entenda o projeto da anistia
Uma semana após a posse do presidente Lula (PT), a sede dos Três Poderes em Brasília sofreu um ataque por milhares de pessoas em 8 de janeiro de 2023. Parte da estrutura foi vandalizada ou danificada naquela data, em uma tentativa de ato golpista.
Relatório do STF (Supremo Tribunal Federal) apontou 371 foram condenados por crimes relacionados aos atos golpistas e outras 527 admitiram a prática de crimes e fizeram acordos com o MPF (Ministério Público Federal) para não serem processadas.
O ex-presidente Bolsonaro convocou a manifestação enquanto parlamentares bolsonaristas pressionam o Congresso Nacional a pautar o projeto de lei que prevê perdão a todos os envolvidos nos atos golpistas.
Inclusive, juristas apontam que a matéria poderia beneficiar Bolsonaro, que foi indiciado pela Polícia Federal e apontado como líder da trama golpista.
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