O governador em exercício José Carlos Barbosa, o Barbosinha (PP), minimizou a polêmica em torno do alto custo das hospedagens em Belém (Pará), que sediará a COP30 este ano. Para o vice-governador, que acaba de retornar da capital paraense, onde participou da XVII Reunião do Fórum Nacional de Governadores, o foco é a realização da COP30 no Brasil.
“É uma cidade em obras, em ebulição, preparada para receber o mundo para essa conferência. Mas eu penso que, neste momento, não cabe mais discussão a respeito do local. O local é Belém, Belém nos representa. É o Brasil, e não compete mais discutirmos se a COP será ou não. Vai ocorrer em Belém, em novembro, e a gente precisa unir os nossos esforços para mostrar, eu digo isso mais uma vez, é importante isso”, declarou à imprensa nesta manhã, durante agenda de inauguração da flor solar do Parque das Nações Indígenas.
Barbosinha destacou que a conferência será a chance de o Brasil mostrar a imagem de um “país pujante, de um país que cresce, de um país que desenvolve”. Entretanto, ele acredita ser necessário reconhecer os reflexos de uma nação que também tem problemas.
“Eu acho que é muito importante na COP30 mostrarmos a necessidade que nós temos de preservação ambiental, mas também do compromisso das nações desenvolvidas que tanto cobram o Brasil da questão da preservação ambiental, contribuir também para que isso aconteça”, destacou.
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Polêmica
A Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), órgão do Ministério da Justiça, abriu investigação em junho para apurar um possível aumento abusivo nos preços de hospedagem em Belém, para a realização da COP30, em novembro deste ano.
A Senacon enviou notificações a 24 hotéis e ao sindicato do setor para que apresentem esclarecimentos sobre as diárias cobradas. O sindicato repudiou a ação, classificando-a como “intervenção indevida”.
Em sites de reservas, os custos de hospedagem simples para participar da conferência podem chegar a R$ 20.721, conforme conferido pelo Jornal Midiamax.

Os altos valores de hospedagem na capital paraense têm sido criticados durante os encontros preparatórios para a conferência, inclusive em uma reunião da ONU na cidade de Bonn, na Alemanha.
Destaque para MS
Durante o Fórum de Governadores, Barbosinha afirmou ter destacado a lei do Pantanal, importante dispositivo para conservação do bioma.
“É importante destacar isso, 86% do nosso Pantanal é preservado como na sua origem, quer dizer, o pantaneiro, ele preserva. E o fundo ambiental que o governo coloca R$ 40 milhões por ano, R$ 33 milhões destinados ao pagamento de serviços ambientais, e aberto para a comunidade internacional, porque esse fundo, obviamente, exatamente para a gente poder oportunizar que os países venham e coloquem dinheiro”, destacou, ao pontuar a capacidade de colaboração de outros países.
Barbosinha ressaltou que, além dos fundos de recurso, há ainda as compensações de carbono, as brigadas de incêndio formadas pelas comunidades tradicionais e bases do Governo do Estado, além das pistas de pouso e satélites de monitoramento do bioma.
“É todo um trabalho para que o Pantanal seja preservado. Agora, logicamente, preservar também demanda custos, e é isso que nós estamos querendo mostrar. Mato Grosso do Sul cuida, mas também quer cuidar de quem cuida desse patrimônio que pertence a todos nós”, ressaltou.
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