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Política

Bancada do PT na Assembleia de MS defende cautela em reunião de Lula com Trump

Parlamentares avaliam possibilidade de conversa entre chefes de Estado como positiva, mas temem que Lula fique exposto
Adriel Mattos, Renata Volpe -
Deputados estaduais do PT em Mato Grosso do Sul: Zeca do PT, Pedro Kemp e Gleice Jane. (Foto: Luciana Nassar, Alems)

Deputados estaduais do PT em Mato Grosso do Sul defendem cautela na reunião entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Na terça-feira (23), Trump anunciou que tinha intenção de conversar diretamente com Lula, informação confirmada pela equipe do brasileiro.

Para Gleice Jane, líder do PT na (Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul), avaliou que não é possível confiar nas intenções do presidente americano ao propor o encontro. Ela cita o comportamento instável de Trump.

“O que se mostrou ali é que o Brasil mostrou que tem força, o Lula mostrou que é um líder internacional e que o Trump teve que aprender a respeitar o Lula. Eu acho que não dá para a gente saber o que vem pela frente. Não dá para saber o que ele vai fazer. O que ele está fazendo, o que a gente sabe é que ele pensa nos Estados Unidos, nos Estados Unidos e só nele o tempo todo”, comentou.

José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT, também defendeu ter um pé atrás, mas vê que o presidente dos Estados Unidos sinalizou que pode recuar do “tarifaço”.

“Eu conheço bastante o Lula, de fato é uma pessoa encantadora, simples, convincente, carismático, acho que o encontro que eles tiveram, supostamente, segundo a fala do Trump, materializa isso, gostou do cara e quer conversar, reconhecendo também, a partir do pronunciamento que o Lula fez e que, de fato, ele errou em fazer a taxação de 50% em cima de produtos brasileiros, que ele precisa, o povo americano precisa muito. Acho que ele quer delicadamente recuar. Mas eu fico mais com a proposta do ministro, chefe do Itamaraty [Mauro Vieira, que não precisa ser uma conversa presencial, pode ser uma negociação via telefone, caminhar tudo depois pode até fazer. Mas sempre é bom ter um pé atrás”, avaliou.

Pedro Kemp manifestou preocupação com o encontro, citando o caso da reunião de Trump com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, que se transformou em um bate-boca.

“Eu achei que foi uma sinalização importante, inclusive partindo do Trump. Mas eu acho que o presidente Lula, o governo brasileiro, tem que ter muito cuidado nessa conversa. Aí o Lula vai lá e faz o que ele fez com o Zelensky, humilha o cara na frente de todo mundo, então eu inclusive tenho lido que o governo federal está cauteloso, para não submeter o nosso presidente a um vexame”, disse.

Lula e Trump podem se encontrar após ‘tarifaço’

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou, em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que passou brevemente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos corredores da sede da ONU na terça-feira, 23 de setembro, em Nova York e que os dois concordaram em marcar uma reunião. “Lula e eu nos abraçamos e concordamos em nos encontrar”, disse, confirmando que o encontro ocorrerá na próxima semana.

A ONU divulgou ainda no mesmo dia uma foto do presidente americano assistindo ao discurso de Lula. Tradicionalmente, o representante do Brasil abre a rodada de discursos na Assembleia Geral.

O Palácio do Planalto confirmou a conversa entre os dois presidentes e que Lula aceitou se encontrar com Trump. Agora, as equipes dos chefes de Estado vão tomar as providências necessárias para a reunião bilateral, mas não se sabe ainda se será uma conversa presencial ou por telefone.

Desde agosto, os Estados Unidos cobram uma sobretaxa de 50% sobre produtos importados brasileiros. Segundo a Casa Branca, o motivo é que “as ações recentes do governo do Brasil ameaçam a segurança nacional, a política externa e a economia dos Estados Unidos”, citando o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no STF (Supremo Tribunal Federal).

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