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Política

Bancada Federal de MS atribui queda da popularidade de Lula à alta dos preços dos alimentos

Deputados de oposição falam em impeachment, mas situação vê crise de comunicação que será superada
Marcus Moura, Mariane Chianezi -
Na sequência o deputado Marcos Pollon (PL), o senador Nelsinho Trad (PSD), o deputado Rodolfo Nogueira (PL) e o deputado Vander Loubet (PT). (Fotos: Câmara e Senado)

Parlamentares da bancada federal de Mato Grosso do Sul no Congresso Nacional ouvidos pelo Midiamax atribuem a queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), revelada em pesquisa do DataFolha, ao aumento no preço dos alimentos básicos que compõem a mesa dos brasileiros.

Uma pesquisa divulgada pela Quaest neste domingo (16) mostra que oito em cada dez pessoas sentiram o encarecimento dos alimentos, e dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) revelam que a alta acumulada nos cinco primeiros meses do ano (+5,4%) é maior que a inflação registrada no ano passado (4,83%).

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Para o senador (PSD), o peso do preço dos alimentos no bolso das famílias é o principal fator para a menor taxa de popularidade já registrada por em todos os seus mandatos como presidente. “Esse fator é o maior causador dessa queda na popularidade do presidente Lula. Consequentemente, a oposição se credencia mais para um fortalecimento”, disse ele, sinalizando que os oposicionistas devem explorar ainda mais a crise do governo petista.

Já para o deputado de oposição Rodolfo Nogueira (PL), além dos alimentos, o preço dos combustíveis também impacta diretamente a popularidade do petista. Ele faz parte do grupo que tenta aproveitar a crise para pautar um novo pedido de do presidente na Câmara, sendo ele, inclusive, autor de uma das propostas apresentadas no Congresso, que trata de irregularidades apontadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União) no financiamento do programa Pé-de-Meia.

“Lula despenca na aprovação, com a alta dos preços dos alimentos e dos combustíveis, as promessas não cumpridas, taxas de juros altíssimas, a desvalorização do salário mínimo e do real, o poder de compra que caiu. Tudo isso tem refletido negativamente na imagem desse governo, que não mede esforços para prejudicar o povo brasileiro. A população não suporta mais”, afirmou.

O deputado Marcos Pollon (PL) segue na mesma linha de crítica ao governo e cita um ato marcado pelo movimento de direita como uma espécie de termômetro da insatisfação da população com as medidas do que ele chama de “desgoverno”.

“O país vive em 2025 um grave risco de colapso, por isso é tão iminente o impeachment. E a impopularidade é resultado da inoperância deste desgoverno. Por isso haverá tanta gente nas ruas no dia 16 de março”, ressaltou.

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Na contramão, o deputado petista Vander Loubet adota um tom apaziguador ao comentar os números da pesquisa. Em linhas gerais, a crise, na visão do parlamentar, é causada, primordialmente, por problemas na comunicação do governo. Ele afirma que o presidente superará a crise em breve, após mudanças em ministérios, e que o restante do mandato será marcado por entregas, o que credenciará Lula a disputar e vencer a próxima eleição presidencial.

“Acredito que o governo se recuperará. São necessárias algumas correções, alguns ajustes, mexer em alguns ministérios. Ele vai fazer isso agora, nos próximos trinta dias. Ele chegará forte na reeleição e será reeleito”, afirmou, otimista, durante o lançamento do Comitê a Favor da Democracia, na sexta-feira (14), na Fetems.

Ele rebateu as informações de que a economia vai mal, contrariando a avaliação feita pelo governador Eduardo Riedel (PSDB) em entrevista à CNN, na qual ele atribuiu a queda da popularidade a “fruto de escolhas econômicas”.

“Se você olhar para a economia, o Brasil cresceu 3,5%, enquanto o mercado esperava 1%, e aqui no estado foi 7%. Se você observar o emprego, estamos com uma taxa de desemprego de menos de 6%, ou seja, quase em pleno emprego. O salário mínimo foi ajustado acima da inflação, e nossas reservas estão com mais de R$ 400 bilhões. Tiramos mais da metade dos brasileiros da linha de pobreza extrema”, avaliou.

O deputado ainda citou os investimentos via PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) como grande aposta para o restante do mandato. “Eu acredito que passaremos a ter uma entrega muito grande a partir de agora. Tivemos aquela reunião com a bancada na segunda-feira, e quase R$ 500 milhões em investimentos via PAC foram anunciados. Isso conta muito”, concluiu.

Queda na popularidade

De acordo com a pesquisa do Datafolha, encomendada pelo jornal Folha de S.Paulo, aproximadamente 24% dos eleitores brasileiros aprovam o governo, enquanto 41% o reprovam. Outros 32% consideram a gestão de Lula como regular, e 2% não souberam ou não responderam à pesquisa.

Segundo o instituto, este é o pior índice de aprovação do presidente em seus três mandatos, e a reprovação também atingiu um recorde. A pesquisa ouviu 2.007 eleitores em 113 cidades entre segunda-feira (10) e terça-feira (11), com uma margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

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