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Política

Áudio enviado a vereador de Nova Alvorada tido como ‘perseguição política’ vira caso de polícia

Episódio ocorreu na Câmara Municipal de Nova Alvorada do Sul; vereador seria oposição ao prefeito da cidade
Celso Bejarano -
Vereador Rones Cézar. (Divulgação)

O vereador Rones Cézar, do , polemizou a sessão na manhã de terça-feira (9), na Câmara Municipal de , ao divulgar um áudio encaminhado a ele narrando um histórico que, para o parlamentar, seria uma perseguição política implacável. O episódio promete produzir novos capítulos: Cézar disse que vai levar o assunto ao Ministério Público e já registrou o caso na Polícia Civil.

Na gravação, uma pessoa disse ter recebido a oferta de R$ 5 mil mensais, caso ela garantisse que iria “desmistificar” todas as denúncias ou críticas feitas por Rones Cézar contra a gestão do da cidade, José Paulo Paleari, do PP.

“Isso é uma perseguição política. Fui eleito para brigar por algo pela população. Eles [eleitores] acreditaram em mim. Serei incansável nas cobranças”, disse o vereador.

Paulo Paleari foi eleito em outubro passado para cumprir seu segundo mandato, com 73% dos votos.

O vereador disse que o histórico do áudio enviado a ele por meio do WhatsApp começou com uma cobrança que fez à prefeitura. “Quis saber quanto o município já gastou de janeiro até agora com a mídia e, embora a insistência, não consegui respostas”, afirmou ele.

Sem ser atendido, Rones Cézar disse ter buscado ajuda no Ministério Público, que também não conseguiu a informação com a prefeitura e a presidência da Câmara Municipal, a qual, da mesma forma, recebeu um não pelo propósito.

Agora, disse o vereador, ele ingressou na Justiça com mandado de segurança, como meio de saber quanto a prefeitura gastou com a mídia nos últimos oito meses.

Uma das suspeitas do vereador é a de que a prefeitura emprega donos de sites, ou seja, empresas de comunicação, que estariam usando a estrutura do município para defender os interesses da atual gestão.

Boletim policial

O vereador disse ao Jornal Midiamax que foi à delegacia da Polícia Civil, e lá denunciou o caso, na tarde de terça-feira (9).

Na cópia do boletim policial, à qual a reportagem teve acesso, o vereador cita o nome de um motorista, identificado como Renato Alves Meira, o qual seria o autor do áudio e teria confessado que receberia R$ 5 mil mensais para “detoná-lo”.

Diz o vereador, também, que Renato estaria divulgando lives (transmissão de vídeo e/ou áudio em tempo real pela internet) com ofensas contra ele.

O vereador sustenta, ainda, no boletim, que “é protegido por uma garantia institucional de perseguições arbitrárias e assegura a independência e integridade do processo legislativo, onde protege o parlamentar por suas opiniões, palavras e votos”.

O que diz o ‘autor’ dos áudios

A reportagem conversou com Renato e ele disse que o prefeito da cidade “não tem nada a ver com a situação”. O diálogo, curto, foi feito por WhatsApp.

Ele contou que recebeu uma proposta para trabalhar num jornal da cidade e, por um período de sete meses, cumpriu expediente e não teria recebido o salário combinado [no caso, presume-se tratar-se dos R$ 5 mil para falar mal de Rones Cézar].

O vereador disse ter entregue à Polícia Civil nove áudios. Num deles, o rapaz disse que a proposta feita a ele seria de R$ 5 mil, mas deram-lhe apenas R$ 1,5 mil.

Concluiu o rapaz:

“Trabalhei no jornal por quase 7 meses com muita coerência e responsabilidade, sem ataques a ninguém e mostrando a realidade do nosso município e sem sensacionalismo. Tanto é que não tem um ataque e mentiras. Ao contrário de outras mídias que só mostram um lado da moeda que te convém”.

Renato não comentou o caso das lives disparadas contra o vereador. Ele disse ainda que “vai processar o vereador” por danos morais.

Já o vereador informou que levará o caso, nesta quarta-feira (10), também ao Ministério Público.

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(Revisão: Dáfini Lisboa)

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