Um grupo de aposentados e pensionistas do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul se reuniu nesta segunda-feira (14), em frente à Governadoria, no Parque dos Poderes, para reivindicar mudanças nos dispositivos legais de isenção da contribuição previdenciária. Na prática, eles pedem que o Governo amplie de um para três salários mínimos o teto da isenção da contribuição de 14% sobre o benefício.
Segundo um dos organizadores do movimento, o aposentado do Judiciário Dionízio Gomes Avalhaes, o grupo solicita que o governador Eduardo Riedel (PSDB) retome a mesa de negociações sobre o tema. “Nós já conseguimos a isenção da contribuição para os servidores que enfrentam doenças graves ou são portadores de comorbidades, mas precisamos ampliar a isenção para todos até três salários mínimos”, disse.
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O aposentado reclama que, após uma vida inteira de contribuição, os servidores inativos ainda precisam pagar. “Depois de a gente contribuir por 35, 40 anos, dependendo de cada servidor, somos obrigados a pagar a previdência de novo, como se fôssemos nos aposentar novamente — o que não vai acontecer, né? Então, isso não é justo”, completou.
Para a também aposentada Ione Rojas Franco, garantir que o teto da isenção chegue a três salários mínimos é uma questão de justiça social. “Muitos aposentados estão endividados, doentes, enfrentando diversos problemas. Estamos lutando aqui por pessoas que estão, simplesmente, afundadas em consignados e adoecidas. Queremos isenção total, mas, se ele (o governador) ampliar a isenção, vai trazer alegria para muitas pessoas e muitas famílias”, comentou.
Uma das mais experientes do grupo, a aposentada Maria Olga, de 80 anos, veio de Mundo Novo, a 463 quilômetros de Campo Grande, para lutar pela mudança. Assim como os companheiros de causa, ela também defende alterações no regime de contribuição.


O Jornal Midiamax entrou em contato com o Governo do Estado para entender o posicionamento da gestão. Em nota, o governo reforçou que está de portas abertas ao diálogo com todos os servidores estaduais, incluindo aposentados e pensionistas.
“Recebemos com respeito e responsabilidade cada mobilização, compreendendo a seriedade que o tema exige. O compromisso do Estado é permanente com o equilíbrio entre a garantia de direitos, a valorização de quem já contribuiu com o serviço público e o respeito aos limites orçamentários definidos pela legislação e pela responsabilidade fiscal”, trouxe o documento.
*Matéria alterada às 12h11 para acréscimo do posicionamento do Governo*
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