Após o escândalo de corrupção em Terenos, que resultou na prisão até do prefeito, Henrique Budke, do PSDB, uma sequência de exonerações foram registradas na cidade. Desta vez, quem pediu para deixar o cargo foi a secretária de saúde, Aryanni Pammela Pulcherio Abreu.
A exoneração da agora, ex-chefe da pasta, foi publicada no Diário Oficial da Assomassul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) desta quarta-feira (8), com aval do prefeito interino Arlindo Landolfi Filho. No documento consta que foi à pedido de Aryanni.
Henrique está afastado do cargo após ser preso na Operação Spotless, ficando mais de 20 dias detido no presídio Anísio Lima, no bairro Noroeste, em Campo Grande. Na última semana, ele conseguiu liberdade, mas vai precisar usar tornozeleira eletrônica.
A Decisão do ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça, proferida na sexta-feira, 03 de outubro, concedeu conversão da prisão preventiva em medidas cautelares a Budke e mais 15 pessoas envolvidas no suposto esquema, que segundo denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul e reconhecido pelo ministro do STJ, seria chefiado pelo mandatário.
Somente no último ano, as fraudes nos contratos de obras na administração de Terenos ultrapassaram os R$ 15 milhões.
Relembre
A Prefeitura de Terenos foi alvo da operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) no dia 9 de setembro de 2025.
Foram expedidos 16 mandados de prisão, além de 59 mandados de busca e apreensão em Terenos, Campo Grande e Santa Fé do Sul (SP).
Prefeito de Terenos supostamente chefiava esquema de fraude em licitação. Henrique Budke foi apontado como líder da organização criminosa.
A investigação apontou que o grupo liderado por Budke tinha núcleos com atuação bem definidos. Servidores públicos fraudaram disputa em licitações, a fim de direcionar o resultado para favorecer empresas.
Os editais foram elaborados sob medida e simulavam competição legítima. Somente no último ano, as fraudes ultrapassaram os R$ 15 milhões.
O esquema pagava, ainda, propina para agentes públicos que atestavam falsamente o recebimento de produtos e de serviços e aceleravam os processos internos para pagamentos de contratos.
A Operação Spotless foi deflagrada a partir das provas da Operação Velatus, que foi realizada em agosto de 2024. O Gaeco e Gecoc obtiveram autorização da Justiça e confirmaram que Henrique Budke chefiava o esquema de corrupção.
Spotless é uma referência à necessidade de os processos de contratação da administração pública serem realizados sem manchas ou máculas. A operação contou com apoio operacional da PMMS (Polícia Militar de MS), por meio do BPChoque (Batalhão de Choque) e do Bope (Batalhão de Operações Especiais).
💬 Fale com os jornalistas do Midiamax
Tem alguma denúncia, flagrante, reclamação ou sugestão de pauta para o Jornal Midiamax?
🗣️ Envie direto para nossos jornalistas pelo WhatsApp (67) 99207-4330. O sigilo está garantido na lei.
✅ Clique no nome de qualquer uma das plataformas abaixo para nos encontrar nas redes sociais:
Instagram, Facebook, TikTok, YouTube, WhatsApp, Bluesky e Threads.