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Política

Réu por corrupção, Claudinho Serra pede autorização para tirar tornozeleira

Vereador licenciado do PSDB ficou 23 dias preso por chefiar escândalo de corrupção
Gabriel Maymone -
Vereador Claudinho Serra (PSDB) ficou 23 dias na cadeia. (Divulgação CMCG)

Réu por chefiar esquema de corrupção em – cidade a 70 km de -, o vereador licenciado do PSDB de Campo Grande, Claudinho Serra, pediu autorização judicial para antecipar a retirada da tornozeleira eletrônica.

O tucano usa o dispositivo de monitoramento eletrônico desde que saiu da prisão, onde ficou 23 dias atrás das grades sob acusação de comandar a corrupção em Sidrolândia. Assim, está usando a tornozeleira há 166 dias.

O advogado do parlamentar, Tiago Bunning, alegou que Claudinho cumpriu todas as medidas cautelares impostas pela Justiça como forma de não ficar atrás das grades.

Portanto, o prazo de 180 dias determinado pela Justiça irá se encerrar em 17 de outubro, mas como alega que seu cliente cumpriu todas as exigências, pede: “requeremos que seja deferida, desde logo, a retirada de tornozeleira antecipada ou subsidiariamente que se determine sua retirada no dia 17/10/2024”.

Serra ficou detido por 23 dias e virou réu no processo acusado de chefiar esquema de corrupção na Prefeitura de Sidrolândia.

Claudinho Serra recebeu liberdade mediante uso de tornozeleira eletrônica, e de outras medidas cautelares em 26 de abril. Desde lá, Serra apresentou um atestado médico de 30 dias por “abalo psicológico” e emendou com uma licença para tratar de assuntos particulares por 120 dias.

Fora da corrida eleitoral

Claudinho Serra não tentará a reeleição em 2024. Tratado como pupilo de lideranças tucanas nas últimas eleições, Claudinho havia conquistado apenas 3.616 votos, ficando só com a 2ª suplência do PSDB. Só assumiu uma cadeira após manobras do partido.

Saiba mais – Chapa ‘inflada’ do PSDB para vereador em Campo Grande preocupou investigados por corrupção, revela Gaeco

Primeiro, com o titular do mandato, João Cesar Mattogrosso, assumindo cargo no governo do Estado. Assim, o 1º suplente, Ademir Santana, foi chamado. Depois, o vereador João Rocha assumiu também um cargo no governo. Então, Claudinho assumiu como suplente em maio de 2023.

Por fim, conseguiu o mandato em definitivo quando Ademir Santana renunciou ao cargo alegando que deixava a vaga para a qual foi eleito para se dedicar à campanha eleitoral do PSDB. Ademir renunciou e entregou a vaga para Claudinho um mês antes da deflagração da Operação Tromper.

Comandou esquema de corrupção em Sidrolândia

O parlamentar é ex-secretário de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia. Está implicado nas investigações da 3ª fase da Operação Tromper, deflagrada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao ).

Claudinho Serra e outros 21 viraram réus, em 19 de abril, após o juiz da Vara Criminal da comarca de Sidrolândia, Fernando Moreira Freitas da Silva, aceitar a denúncia apresentada pelo MPMS.

Investigações do Gecoc e do ex-servidor Tiago Basso da Silva apontam supostas fraudes em diferentes setores da Prefeitura de Sidrolândia, como no Cemitério Municipal, na Fundação Indígenaabastecimento da frota de veículos e repasses para Serra feitos por empresáriosOs valores variaram de 10% a 30% do valor do contrato, a depender do tipo de “mesada”. 

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