Réu por chefiar corrupção, Claudinho Serra não vai tentar reeleição
Vereador do PSDB está licenciado do cargo desde maio após ter ficado 23 dias preso
Gabriel Maymone –
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Vereador do PSDB licenciado do mandato em Campo Grande, Claudinho Serra não tentará a reeleição. O tucano é réu em ação penal sob acusação de chefiar esquema de corrupção em Sidrolândia – a 73 km de Campo Grande -, cuja prefeita é sua sogra Vanda Camilo (PP), que tenta a reeleição.
O prazo para registrar candidatura terminou na última quinta-feira (15), sem o envio do registro de Claudinho Serra. Logo, ele não concorrerá.
O tucano está com tornozeleira eletrônica desde 26 de abril, após ficar 23 dias preso em Campo Grande.
Desde maio, Claudinho está de licença não remunerada para ‘tratar de assuntos particulares’.
Tratado como pupilo de lideranças tucanas nas últimas eleições, Claudinho havia conquistado apenas 3.616 votos, ficando só com a 2ª suplência do PSDB. Só assumiu uma cadeira após manobras do partido.
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Primeiro, com o titular do mandato, João Cesar Mattogrosso, assumindo cargo no governo do Estado. Assim, o 1º suplente, Ademir Santana, foi chamado. Depois, o vereador João Rocha assumiu também um cargo no governo. Então, Claudinho assumiu como suplente em maio de 2023.
Por fim, conseguiu o mandato em definitivo quando Ademir Santana renunciou ao cargo alegando que deixava a vaga para a qual foi eleito para se dedicar à campanha eleitoral do PSDB. Ademir renunciou e entregou a vaga para Claudinho um mês antes da deflagração da Operação Tromper.
Comandou esquema de corrupção em Sidrolândia
O parlamentar é ex-secretário de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia e genro da prefeita Vanda Camilo. Está implicado nas investigações da 3ª fase da Operação Tromper, deflagrada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
Claudinho Serra e outros 21 viraram réus, em 19 de abril, após o juiz da Vara Criminal da comarca de Sidrolândia, Fernando Moreira Freitas da Silva, aceitar a denúncia apresentada pelo MPMS.
O vereador é acusado de chefiar um suposto esquema de corrupção e de fraudes a licitações enquanto era o chefe da Secretaria de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia, durante a gestão da sogra, a prefeita Vanda Camilo (PP).
Investigações do Gecoc e delação premiada do ex-servidor Tiago Basso da Silva apontam supostas fraudes em diferentes setores da Prefeitura de Sidrolândia, como no Cemitério Municipal, na Fundação Indígena, abastecimento da frota de veículos e repasses para Serra feitos por empresários. Os valores variaram de 10% a 30% do valor do contrato, a depender do tipo de “mesada”.
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