Pedido de vista adia votação sobre prisão de Chiquinho Brazão na CCJ da Câmara dos Deputados

Ofício do STF foi encaminhado ao Congresso para análise dos parlamentares

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CJJ discutiu o ofício nesta terça-feira (26).

Presidida pela deputada Caroline de Toni (PL/SC) nesta terça-feira (26), a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) da Câmara adiou a votação sobre a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ). Pedido de vista feito no começo da sessão adiou a discussão e votação sobre a prisão do parlamentar. Brazão é suspeito de ser um dos mandantes da morte da vereadora do Rio de Janeiro (RJ), Marielle Franco.

O deputado Darci de Matos (PSD/SC) foi relator do processo. Segundo ele, há “fortes indícios de autoria dos crimes” que Brazão é suspeito. “Resta claramente configurado o estado de flagrância do crime apontado. Adianto que considero correta a decisão do ministro Alexandre de Moraes”, disse na manifestação do voto.

Portanto, votou favorável pela manutenção da prisão de Brazão. “Considero presentes os requisitos constitucionais do flagrantes e inafiançabilidade adequadamente fundamentada, meu voto é pela preservação da eficácia da decisão proferida pelo ministro Alexandre de Moraes”.

Logo após a apresentação do voto, o deputado Gilson Marques (Novo/SC) apresentou pedido de vista e foi acompanhado por Roberto Duarte (Republicanos/AC). “Esse candidato encontra-se preso e não sairá de lá sem que haja uma decisão desta Casa”, defendeu Duarte.

Seguindo o regimento interno, a defesa recebeu momento. Brazão participou por chamada de vídeo da sessão. “Gostaria que vocês pudessem analisar antes essa situação, porque parece que cresce um ódio nas pessoas”. Poderiam olhar os resultados da CPI”, pediu aos colegas.

O pedido foi aceito pela presidente Caroline de Toni e não foi bem recebido por outros parlamentares. “É entendido que atrasar a votação da prisão do Chiquinho é passar pano para miliciano. Tem deputado dizendo que a gente tem pressa, o Brasil tem pressa”, disse a deputada Fernanda Melchionna (Psol/RS).

Já Pedro Campos (PSB/PE), defendeu que a votação fosse mantida. “Não é um pedido de vista, é um pedido de lavar as mãos. Em plena Semana Santa alguns parlamentares nos colocaram em situação de vergonha em dizer que a CCJ vai lavar as mãos em relação a prisão do deputado Chiquinho Telles”, afirmou.

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