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Política

Maioria vota contra e cassação do presidente da Câmara de Cassilândia é arquivada

Parlamentar praticou violência política de gênero contra uma vereadora
Renata Portela -
Sessão de segunda-feira (Reprodução, YouTube)

Na sessão de segunda-feira (16) na de Cassilândia, cidade distante 430 quilômetros de , foi votada a contra o presidente da Casa, Arthur Barbosa (União). O parlamentar teria praticado violência política de gênero contra Sumara Leal (PDT) na semana do Dia das Mulheres.

Ao todo, 7 vereadores votaram contra a denúncia e 4 a favor, arquivando assim uma possível cassação do parlamentar. Favoráveis votaram Calos Cordeiro (União), Peter Saimon (PP), Fernanda Messias () e Fião (PRD).

Contra, votaram Jose Martiniano (PSDB), Oba Oba (PSDB), Leandro Rosa (PSDB), Luiz Fernando (União), Nelson Gomes (Republicanos), Zé Divino (PSDB) e Cleiton (PDT).

A vereadora Sumara lamentou o arquivamento sem que sequer houvesse investigação do caso pela Casa de Leis. A sessão foi adiada várias vezes, devendo ocorrer inicialmente em 25 de março.

A parlamentar afirma que foi vítima de machismo e humilhação, enquanto o vereador diz que falas foram mal interpretadas.

Viajou mais de 100 km para registrar boletim de ocorrência

Sumara Leal precisou viajar mais de 100 quilômetros até para registrar um boletim de ocorrência contra o presidente da Casa. Isso porque, segundo a parlamentar, o delegado de Cassilândia, onde ela é vereadora, teria se recusado a registrar a ocorrência.

O Jornal Midiamax acionou a corregedoria da Polícia Civil, que informou que “O Departamento de Polícia do Interior está fazendo o levantamento de informações preliminares quanto a situação ocorrida e, sendo necessário, [o caso] será encaminhado à Corregedoria para apuração”.

Medida protetiva

Em Campo Grande, a vereadora criticou a demora da Casa de Leis de Cassilândia em tomar as providências necessárias e relatou falta de suporte para a situação. A parlamentar pede uma medida protetiva contra o vereador.

“Eles ainda não tomaram nenhuma providência sobre o caso. O Ministério Público entrou com uma ação. O meu advogado também vai pedir a cassação e uma medida protetiva. Só que isso vai ter que ser votado. O que ele fez foi um crime. A violência de gênero está acontecendo até nos bastidores”, informa.

Sumara diz sofrer pressão dos próprios vereadores para ‘enterrar o assunto’. “Os vereadores estão pedindo pra eu não fazer isso, mas o que aconteceu foi um crime. Eu não entendia o que era violência política e não gostaria de ser conhecida por isso, mas já que aconteceu eu vou levantar a bandeira sim para que isso não aconteça novamente”, conta.

A violência política de gênero pode ser caracterizada como “todo e qualquer ato com o objetivo de excluir a mulher do espaço político, impedir ou restringir seu acesso ou induzi-la a tomar decisões contrárias à sua vontade. As mulheres podem sofrer violência quando concorrem, já eleitas e durante o mandato”.

União Brasil

O União Brasil emitiu nota de repúdio e informou que irá apurar a conduta do presidente da Câmara Municipal de Cassilândia, Arthur Barbosa (União), que cortou fala da colega vereadora, Sumara Leal (PDT), durante sessão e disse para ela trabalhar com o corpo ‘assim como a língua’.

A nota é assinada pela presidente estadual do partido e superintendente da Sudeco, Rose Modesto, e Michela Dutra, Presidente do União Mulher em MS.

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