A Justiça Eleitoral suspendeu a decisão que barrou o candidato do PSDB, Beto Pereira, de usar ‘Novo’ nas propagandas eleitorais. O candidato do Novo, Beto Figueiró, disse que o tucano tentou parecer de direita com ‘associação’ ao partido.
Na decisão, o juiz Ricardo de Almeida pontuou que “os atos de propaganda eleitoral estão permitidos desde 16 agosto, porém somente agora, quase um mês depois, o candidato representante [Figueiró] vislumbrou eventual prejuízo na utilização do material publicitário do candidato representado [Pereira]”.
Assim, concedeu a medida liminar solicitada pelo PSDB.
‘Manobra de marketing’
O candidato a prefeito de Campo Grande, Beto Figueiró (Novo), alega ‘manobra de marketing’ do candidato Beto Pereira (PSDB). “Tenta parecer de direita”, afirmou Figueiró sobre o uso de ‘Novo’ no slogan da campanha tucana.
“Ele [Beto Pereira] está tentando determinar que ele seria o Beto do Novo, porque nós temos uma porcentagem de eleitores muito à direita aqui no Estado. Ele está tentando se tingir de verde e amarelo através dessas ações, só que são ações de baixa política”, afirmou Figueiró.
Ao Jornal Midiamax, Figueiró destacou que “não se trata do nome, apenas confundir o nome”. O candidato ao Executivo disse que há associação do partido Novo no material de campanha do deputado federal.
“O problema é que eles estão fazendo uma ação maliciosa, no sentido de colocar a logomarca do Novo nas cores laranja, que é a identidade do partido. Como se fosse um monte de campanha do Novo”, defendeu o candidato.
Figueiró afirmou que a colocação é “manobra do marketing”. “Busca confundir o eleitor, dando uma importância, como ele tá tentando de toda maneira parecer de direita”, comentou.
Por fim, disse que o partido que concorre “é o partido mais à direita do cenário nacional”. “Ele [Beto Pereira] quer dar uma conotação como se ele fosse de direita, seja pegando o apoio do Valdemar da Costa, ou seja, se vinculando ao Novo”, finalizou.
Ação eleitoral do Novo
Na ação, a defesa de Figueiró afirma que o uso do sobrenome dos ‘Betos’ é suficiente para identificação. “Ambos os registros foram deferidos com a utilização do sobrenome”, lembrou.
Contudo, destacou que Beto Pereira “vem se utilizando do primeiro nome isoladamente, o que faz criar evidente confusão no eleitorado”. Então, Figueiró pede que o PSDB pare de veicular material eleitoral com o slogan.
Além de multa diária de R$ 10 mil caso o tucano siga usando apenas o primeiro nome e ‘novo’ no slogan.
