Fora da presidência, Carlão quer 1ª Secretaria e vereadores articulam nova Mesa Diretora

Os vereadores de Campo Grande estão prestes a encerrar a atual legislatura e já articulam os nomes da nova mesa diretora que irá compor quadro no próximo ano. Quatro vereadores conversam com colegas para montar chapa, que é necessário estar composta de sete nomes para concorrer.

Ao Midiamax, o atual presidente, vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), disse que está acompanhando as negociações dos parlamentares e que agora, em novembro, vão tratar do assunto. No entanto, o vereador reeleito para 2025 adiantou que tem interesse em ser o 1° secretário da Casa.

“Já estão trabalhando alguns nomes, mas isso a gente tem que construir aqui na Câmara. Eu vou discutir isso a partir do mês que vem. Vou sentar para conversar com alguns vereadores sobre a presidência, também com a prefeita, sentar com todo mundo aí para a gente achar uma pessoa, um vereador que seja legislativo, independente, não deixando o poder legislativo como anexo do poder executivo, mas sempre buscando a harmonia para dar a governabilidade necessária para atender e ajudar a nossa cidade, mas não abrindo mão da fiscalização, não abrindo mão do poder independente, mas sempre sendo uma pessoa centrada, equilibrada para buscar as melhorias da cidade”, disse.

À reportagem, o progressista disse que ainda está dialogando com a prefeita Adriane Lopes (PP) e a senadora Tereza Cristina (PP). “Sou um candidato [à presidência], mas temos que primeiro ter o consenso com o partido. O PP é unido. A escolha desse candidato é uma escolha como sempre foi feita, coletiva, não unilateral. Mas hoje eu sou um candidato sim e estou só esperando o start do nosso partido, da prefeita e da senadora”, disse.

Outro nome que vem tomando força dentro da Casa de Leis é do vereador Papy. Ao Midiamax, o tucano disse que está adiantando os diálogos para montar chapa. O parlamentar compõe a maior bancada da Câmara, a do PSDB, que elegeu cinco candidatos. Assim como Riverton, Papy pontua que as conversas externas devem direcionar a tomada de decisão da eleição.

“Estamos construindo um projeto, conversando com os colegas, tentando conectar as ideias daqueles que pensam parecidos a respeito e de como liderar a casa no próximo biênio. É claro que as lideranças externas elas são importantes processo de construção. Governo do Estado, Prefeitura de Campo Grande, a senadora Tereza Cristina, os partidos e as lideranças partidárias também são influentes, mas é uma decisão da Casa. São os parlamentares que votam”, disse.

O vereador disse que espera que se forme mais de uma chapa para abrir ao diálogo. “Os pré-candidatos à presidência vão se posicionar, ofertar as suas propostas que eu acho que é natural e é legítimo que cada parlamentar buscar esses espaços. De repente a gente pode ter até mais de uma chapa e aí pra você ter um debate aqui na Casa que faz tempo que a gente não tem, uma disputa pela presidência ou também um caminho de consenso que pode acontecer se essas lideranças convergirem para o mesmo caminho”, afirmou.

A atual Mesa Diretora é composta por Carlos Augusto Borges, o Carlão (presidente); Loester Nunes de Oliveira, o Dr. Loester (1º vice-presidente); Roberto Santana dos Santos, o Betinho (2º vice-presidente); Edu Miranda (3º vice-presidente); Delei Pinheiro (1º secretário); Epaminondas Silva Neto, o Papy (2º secretário); e Ronilço Guerreiro (3º secretário).

Vereadores eleitos

Campo Grande escolheu os 29 vereadores que irão compor a Câmara Municipal pelos próximos quatro anos (2025-2028). O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) confirmou o resultado das eleições 2024 para vereador em Campo Grande. No total, foram 481.399 votos contabilizados.

Confira os vereadores eleitos em Campo Grande nas eleições 2024:

• Marquinhos Trad (PDT) – 8.567 votos
• Rafael Tavares (PL) – 8.128
• Carlão (PSB) – 6.912
• Silvio Pitu (PSDB) – 6.409
• Veterinário Francisco (União) – 6.371
• Fábio Rocha (União) – 6.314
• Professor Riverton (PP) – 6.271
• Junior Coringa (MDB) – 6.131
• Dr. Victor Rocha (PSDB) – 5.355
• Professor Juari (PSDB) – 5.050
• Flavio Cabo Almi (PSDB) – 5.003
• Luiza Ribeiro (PT) – 4.982
• André Salineiro (PL) – 4.782
• Papy (PSDB) – 4.641
• Ana Portela (PL) – 4.577
• Neto Santos (Republicanos) – 4.576
• Maicon Nogueira (PP) – 4.236
• Delei Pinheiro (PP) – 4.179
• Wilson Lands (Avante) – 4.148
• Herculano Borges (Republicanos) – 4.119
• Beto Avelar (PP) – 4.063
• Dr. Jamal (MDB) – 4.030
• Landmark (PT) – 4.022
• Clodoilson Pires (Pode) – 3.859
• Jean Ferreira (PT) – 3.768
• Dr. Lívio (União) – 3.636
• Ronilço Guerreiro (Pode) – 3.244
• Leinha (Avante) – 3.167
• Otávio Trad (PSD) – 2.426

A distribuição das vagas na Câmara Municipal é proporcional e feita em conta que leva em consideração o quociente eleitoral, divisão do número de votos válidos pela quantidade de vagas no Legislativo. Só elege vereador o partido que alcançar o quociente.

Depois, calcula-se o quociente partidário, obtido a partir da divisão da soma dos votos válidos de cada partido pelo quociente eleitoral. O resultado indica o número de vagas que a sigla pode ocupar na Câmara. Portanto, os candidatos melhor votados dentro do partido preenchem as vagas.

Quem os vereadores de Campo Grande representam?

Campo Grande tem 954.537 habitantes, conforme estimativa para 2024 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Além disso, o orçamento do município previsto para 2025 é de R$ 6,8 bilhões, maior do Estado.