Ex-vereador do PSDB se livra de prisão domiciliar por chefiar corrupção em Amambai

Valter de Brito da Silva teria recebido R$ 5 milhões em propinas, segundo investigação

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Valter Brito (PSDB) teria recebido R$ 5 milhões em propina de empresários, segundo Gecoc (Reprodução)

Decisão publicada no Diário da Justiça desta segunda-feira (23) revogou a prisão domiciliar do ex-vereador do PSDB, Valter Brito da Silva, acusado de chefiar esquema de corrupção em Amambai – município distante 354 km de Campo Grande.

Assim, o juiz Daniel Raymundo da Matta também mandou tirar a tornozeleira eletrônica de outros três investigados: Júlio Anantes Varoni (empreiteiro), Jucélia Barros Rodrigues (servidora municipal) e Jonathan Fraga de Lima (empresário e genro de Valter).

Já a empresária e sobrinha de Valter, Letícia de Carvalho Teoli Vitorasso, teve tanto a prisão domiciliar quanto a tornozeleira revogadas.

Recentemente, a Justiça revogou um mandado de prisão contra a delatora do esquema: a empresária Joice Mara Estigarribia da Silva. Ou seja, ela não chegou a ser presa.

Leia também – Delatora de corrupção chefiada por ex-vereador do PSDB já devolveu R$ 7 mil de dinheiro ilícito

Confira a participação de cada um no esquema que fraudou ao menos 33 licitações em Amambai:

Júlio Arantes Varoni: sócio de empresas com contratos de altos valores com a prefeitura de Amambai e apontado por repassar grandes quantias a Valter.
Joice Mara Estigarribia da Silva: sócia de empresa que apresenta elementos que evidenciam fraude ao caráter competitivo do processo licitatório, bem como foi e ainda figura como assessora parlamentar na Câmara Municipal de Amambai/MS.
Jucelia Barros Rodrigues: servidora municipal, ex-gerente de contratos, responsável por fiscalizar os contratos e tem envolvimento no fraude às licitações.

Ex-vereador comandava esquema de fraudes em licitações em Amambai

As investigações contra o então vereador Valter Brito da Silva (PSDB), de Amambai, indicam que o parlamentar recebeu mais de R$ 5 milhões em propina de empresários. Portanto, a acusação é de que Valter comandava um esquema de corrupção e fraudes em licitações.

Os promotores do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), Adriano Lobo Viana de Resende e Humberto Lapa Ferri, ofereceram a denúncia em 1º de dezembro de 2023. A promotora Nara Mendes dos Santos Fernandes também participou do oferecimento.

Logo após, no dia 6, o juiz Daniel Raymundo da Matta, da Vara Criminal de Amambai, recebeu a denúncia e tornou os 17 investigados réus.

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