Ex-secretário e jornalista que gravou esquema de corrupção em MS, Passaia deixa Balanço Geral

Eleandro Passaia ganhou repercussão em Mato Grosso do Sul com gravação de Ary Rigo em 2010

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Eleandro Passaia
Eleandro Passaia gravou esquema de corrupção da Uragano em Mato Grosso do Sul (Foto: Reprodução, Instagram/ Arquivo)

Ex-secretário de governo de Dourados, cidade distante 225 quilômetros de Campo Grande, e jornalista responsável por gravar políticos de Mato Grosso do Sul em flagrante de corrupção que culminou na Operação Uragano, Eleandro Passaia pediu demissão do cargo de apresentador do Balanço Geral, da Record, em São Paulo.

Segundo portais de notícias de famosos noticiaram nesta terça-feira (4), Passaia teria se cansado da vida em São Paulo e deve voltar para Curitiba. A expectativa é que Passaia assuma a apresentação do Hora da Manhã, jornalístico do SBT no Paraná.

Passaia ainda não se manifestou sobre a saída da emissora nas redes sociais. Ele assumiu a apresentação no jornalístico da Record em setembro de 2021.

Jornalista gravou esquema de corrupção em MS

Conhecido em MS pela gravação realizada em 2010, Passaia filmou o ex-deputado e então 1° secretário da Assembleia Legislativa, Ary Rigo (PSDB), detalhando um suposto pagamento de propina a autoridades estaduais. Ary Rigo morreu em 2021.

A gravação teria ocorrido em 12 de junho daquele ano, em hotel em Maracaju, distante 163 quilômetros da Capital.

Nela, Ary Rigo explicava como seria a distribuição de propina — supostamente advinda do duodécimo da Assembleia — a autoridades do alto escalão do Estado, como o governador à época, André Puccinelli (MDB), membros do Tribunal de Justiça e até o ex-procurador-geral de Justiça, Miguel Vieira.

Em um dos trechos, entregues por Passaia à Polícia Federal, o ex-deputado conta que o Legislativo ‘devolveria’ dinheiro ao governador, narrando que o valor teria subido de R$ 2 milhões para R$ 6 milhões.

Rigo se queixou que o aumento teria ocasionado corte de pagamentos supostamente feitos a desembargadores e ao MPMS.

O material registrado por quatro meses, sob orientação da Polícia Federal, revelou suposto pagamento de propina ao então prefeito de Dourados, Ari Artuzi — que acabou expulso do PDT — municiou a Operação Uragano, que levou prefeito, secretários e vereadores à prisão.

Conteúdos relacionados

vans ministério