Deputados discutem após morte de indígena em confronto com a PM em Antônio João
Kemp disse que encaminhará requerimento ao Governo Federal pedindo por solução de conflitos
Mariane Chianezi, Beatriz Magalhães –
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Após a morte de Neri Guarani Kaiowá, de 18 anos, com tiros nesta quarta-feira (18), na Terra Indígena Nhanderu Marangatu, em Antônio João, deputados estaduais se desentenderam durante sessão plenária. A Funai pediu investigação sobre a morte.
O deputado Pedro Kemp (PT) levou a discussão para a tribuna e pediu por solução dos conflitos. Ainda durante discurso, disse que população indígena relatou que o disparo que matou o jovem teria partido de agente público.
“Aconteceu um assassinato, a polícia estava lá. A polícia estava lá para proteger as pessoas. É preciso resolver essa questão de uma vez por todas, da indenização dos fazendeiros, da solução pacífica dos conflitos, para não virar bang-bang. Temos autoridades que são responsáveis por essas áreas, essa área já foi homologada. Eu acho que isso não pode acontecer”, disse.
Coronel David (PL) por sua vez, disse que a PM não assassinou ninguém e que equipe estava na região por determinação judicial para proteger território rural. Ainda segundo o parlamentar, os indígenas que ocupavam a área teriam ameaçado de morte o comandante e desferiram flechadas. “Não vou admitir que uma pessoa ocupe a tribuna e chame a PM de assassina. Vou defender muito a minha instituição e os seus integrantes, porque eu sei muito bem por que eles estavam lá. Ninguém levantou e acordou no dia e falou assim ‘vou lá para criar problema com o índio’. Não”, disse.
Kemp disse que irá preparar um documento ao Governo Federal e as demais autoridades para ser apresentado ao MS uma solução para os conflitos “para atender as comunidades indígenas e também aos interesses daqueles que compraram as suas terras”.
Funai pede investigação
A Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) informou que a Procuradoria Federal Especializada foi acionada para investigar a morte de Neri Guarani Kaiowá, de 18 anos, com tiros nesta quarta-feira (18), na Terra Indígena Nhanderu Marangatu, em Antônio João.
Em nota, a fundação lamentou a morte diante dos violentos ataques sofridos pela comunidade Guarani, categorizando como “brutalmente assassinado com um tiro na cabeça”.
“A Funai informa que já acionou a Procuradoria Federal Especializada para adotar todas as medidas legais cabíveis e está comprometida em garantir que essa violência cesse imediatamente e que os responsáveis por esses crimes sejam rigorosamente punidos. O conflito também tem sido monitorado por meio da CR-PP (Coordenação Regional em Ponta Porã)”, diz o comunicado.
Ainda, o órgão indigenista ressalta que reuniu com o juiz responsável pelo caso, solicitando providências urgentes sobre a atuação da polícia na área. Em diálogo com a Secretária de Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, a instituição reafirmou a orientação de que não deve haver qualquer medida possessória contra os indígenas da Terra Indígena Nhanderu Marangatu.
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