Pular para o conteúdo
Política

Denúncia contra presidente da Câmara de Cassilândia é votada nesta segunda-feira

Vereadora denuncia ter sofrido violência política de gênero na Casa de Leis
Anna Gomes -
(Divulgação)

Sem suplente, a análise de cassação do presidente da Câmara Municipal de , Arthur Barbosa (União), que aconteceria no último dia 25 de março, foi adiada para esta segunda-feira, dia 1º de abril.

A denúncia foi feita pela vereadora Sumara Leal (PDT), que teria sofrido violência política de gênero na Casa de Leis. O presidente da Câmara, durante uma sessão, recomendou que a vereadora Sumara ‘use o corpo para trabalhar, assim como usa a língua’.

“Eles convocaram suplente que só avisou agora cedo que não poderia comparecer e não deu tempo de convidar um novo. Foi suspensa. A população compareceu em peso e até vaiou. Foi marcada para o dia 1º de abril”, disse.

A parlamentar afirma que foi vítima de machismo e humilhação, enquanto o vereador diz que falas foram mal interpretadas.

Viajou mais de 100 km para registrar boletim de ocorrência

Sumara Leal precisou viajar mais de 100 quilômetros até Paranaíba para registrar um boletim de ocorrência contra o presidente da Casa. Isso porque, segundo a parlamentar, o delegado de Cassilândia, onde ela é vereadora, teria se recusado a registrar a ocorrência.

O Jornal Midiamax acionou a corregedoria da Polícia Civil, que informou que “O Departamento de Polícia do Interior está fazendo o levantamento de informações preliminares quanto a situação ocorrida e, sendo necessário, [o caso] será encaminhado à Corregedoria para apuração”.

Medida protetiva

Em Campo Grande, a vereadora criticou a demora da Casa de Leis de Cassilândia em tomar as providências necessárias e relatou falta de suporte para a situação. A parlamentar pede uma medida protetiva contra o vereador.

“Eles ainda não tomaram nenhuma providência sobre o caso. O Ministério Público entrou com uma ação. O meu advogado também vai pedir a cassação e uma medida protetiva. Só que isso vai ter que ser votado. O que ele fez foi um crime. A violência de gênero está acontecendo até nos bastidores”, informa.

Sumara diz sofrer pressão dos próprios vereadores para ‘enterrar o assunto’. “Os vereadores estão pedindo pra eu não fazer isso, mas o que aconteceu foi um crime. Eu não entendia o que era violência política e não gostaria de ser conhecida por isso, mas já que aconteceu eu vou levantar a bandeira sim para que isso não aconteça novamente”, conta.

A violência política de gênero pode ser caracterizada como “todo e qualquer ato com o objetivo de excluir a mulher do espaço político, impedir ou restringir seu acesso ou induzi-la a tomar decisões contrárias à sua vontade. As mulheres podem sofrer violência quando concorrem, já eleitas e durante o mandato”.

União Brasil

O União emitiu nota de repúdio na última terça-feira (12) e informou que irá apurar a conduta do presidente da Câmara Municipal de Cassilândia, Arthur Barbosa (União), que cortou fala da colega vereadora, Sumara Leal (PDT), durante sessão e disse para ela trabalhar com o corpo ‘assim como a língua’.

A nota é assinada pela presidente estadual do partido e superintendente da Sudeco, Rose Modesto, e Michaela Dutra, Presidente do União Mulher em MS.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

PF apreendeu R$ 510 mil em operação contra fraudes em licitações na gestão de Reinaldo

Lula assina medida provisória da reforma do setor elétrico

Perseguição a traficante termina com tiros e carro apreendido com quase 1 tonelada de drogas

Com superlotação, fila para procedimentos e falta de médicos, HRMS continua sob investigação

Notícias mais lidas agora

sed operação reinaldo

Licitações da gestão de Reinaldo na SED-MS foram alvo de quatro operações da PF por fraude

sed

LISTA: Alvos da PF vão de empresários a ex-servidores da SED em MS

cedraz ministro tcu

Ministro do TCU destaca incertezas em proposta de leilão da BR-163 e histórico falho da CCR

Investigação é arquivada apesar de reconhecer falha hospitalar em parto de natimorto em MS

Últimas Notícias

Brasil

Ex-chefe da Aeronáutica reafirma apoio da Marinha em trama golpista

O militar disse não se recordar a data exata da reunião

Política

‘Tiros contra mim’, diz Soraya sobre possível extorsão para não convocar empresários na CPI das Bets

Circula informação de que senadora teria pedido milhões para lobistas

MidiaMAIS

Um mês depois, família não sente mágoa de onça que matou Jorginho

Algum suporte financeiro? E o luto? No dia em que a morte do caseiro completa um mês, cunhado detalha como família tem lidado com a perda

Cotidiano

Fumacê percorre sete bairros de Campo Grande nesta quarta-feira

Os moradores devem abrir portas e janelas das residências para que o veneno possa atingir os locais onde há maior probabilidade de estarem os mosquitos