Claudinho Serra pode ficar fora da Câmara até setembro e não poderá renovar licença

Período de afastamento começa a contar após fim do atestado médico de 30 dias

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Vereador de Campo Grande Claudinho Serra. (Redes sociais)

Setembro, um mês antes das eleições municipais que acontecem em outubro, será o limite para vereador Claudinho Serra (PSDB) voltar a comparecer nas sessões ordinárias da Câmara de Campo Grande. Nesta terça-feira (15), o parlamentar pediu afastamento de 120 dias, mas em abril ele já havia apresentando um atestado médico de um mês após ficar por 23 dias na cadeia.

Claudinho foi preso no dia 3 de abril, durante a operação Tromper, suspeito de envolvimento em fraudes de licitações quando ainda era secretário de fazenda na prefeitura de Sidrolândia, distante 70 quilômetros de Campo Grande. No dia 26 do mesmo mês, ele ganhou a liberdade mediante tornozeleira eletrônica.

Ainda em abril, mais especificamente no dia 30, Claudinho apresentou um atestado de um mês, alegando estar ‘abalado psicologicamente’ e, nesta terça-feira, apresentou um afastamento de mais 120 dias para tratar de ‘interesse particular’.

Conforme o presidente da Câmara de Campo Grande, Carlos Augusto Borges, o Carlão do PSB, o prazo de afastamento começa a contar a partir do dia 30 de maio, data que o parlamentar apresentou o atestado na Casa de Leis. Sendo assim, o tucano deve voltar a comparecer às sessões só no mês de setembro.

Ainda segundo o presidente da Câmara, vale salientar que durante todos os meses de prisão, atestado e afastamento, Claudinho não vai receber remuneração da Casa de Leis e também não pode se afastar novamente já que o limite é de 150 dias, conforme o regimento.

“O limite para faltas é 150 dias. Com 120 de afastamento e mais 30 de atestado ele não pode prorrogar o prazo”, disse o presidente da Câmara.

Convocação de suplente

Lívio Leite (União Brasil) foi convocado oficialmente pela Câmara de Campo Grande para assumir a vaga do vereador Claudinho Serra (PSDB). A convocação do 3º suplente foi publicada em edição extra do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), nesta terça-feira (14).

A publicação é assinada pelo presidente da Casa, vereador Carlos Augusto Borges (PSB). Assim, Lívio terá prazo de 30 dias, a partir desta terça-feira (14) para assumir a vaga.

A convocação do suplente de Claudinho Serra (PSDB) foi divulgada por Carlão, na última segunda-feira. A medida foi na contramão do que o presidente da Casa de Leis da Capital tinha afirmado nas semanas anteriores, já que o regimento interno não previa essa obrigação de convocar o suplente do vereador.

Dr. Lívio assume cadeira

Dr. Lívio foi eleito como vereador em Campo Grande, em 2016, com 4.518 votos pelo PSDB, mas nas eleições municipais seguintes não conseguiu uma cadeira e terminou como terceiro suplente do partido tucano ao receber 2.772 votos.

Ele mudou da sigla para o União Brasil, em 27 de março deste ano, durante a janela partidária, que fechou em 6 de abril. 

Após convocação nesta terça-feira (14), Lívio apresentou documentações na Casa de Leis para assumir a vaga de Claudinho Serra e espera participar da sessão ordinária já na quinta-feira (16). O presidente da Casa de Leis, vereador Carlos Augusto Borges (PSB), confirmou a entrega das documentações.

O presidente da Casa de Leis, vereador Carlos Augusto Borges (PSB), confirmou a entrega das documentações.

Vereador preso

O parlamentar tucano foi preso em 3 de abril na terceira fase da Operação Tromper, acusado de ser o mentor de suposto grupo criminoso que desviava recursos da Prefeitura de Sidrolândia na época em que foi secretário de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica. A sogra de Claudinho Serra é a prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP).

Conteúdos relacionados

ponta porã
8 de janeiro
vereadores