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Política

Bens de prefeito do PSDB em Terenos triplicam entre eleição de 2020 e 2024

Prefeito que busca reeleição declarou mais de R$ 2,4 milhões em bens
Dândara Genelhú -
terenos
Atual prefeito foi reeleito (Reprodução)

Os bens do prefeito de , Henrique Budke (PSDB), triplicaram desde as últimas eleições municipais. O candidato à reeleição declarou R$ 2.468.418,61 em bens na Justiça Eleitoral nas Eleições de 2024.

No pleito anterior, em 2020 quando foi eleito, Henrique declarou ter R$ 776.210,57 em bens. Ou seja, em menos de quatro anos o prefeito triplicou o valor dos bens.

Entre os bens declarados neste ano, estão: terreno de R$ 30 mil, fazenda Ipê Amarelo de R$ 1,5 milhão, construção em lote de R$ 210 mil, terreno de R$ 20 mil, participação na empresa RESILIX LTDA em R$ 1 mil, terreno de R$ 70 mil, fração de terreno no residencial Vivare de R$ 48,6 mil, terreno de R$ 180 mil, chácara Cure Terenos de R$ 62,6 mil, Fazenda Livramento Gleba R$ 220 mil, empresa CERRADO ENGENHARIA AMBIENTAL EIRELI em R$ 100 mil.

Empresário investigado

O secretário de obras de Terenos – a 31 km de –, Isaac Cardoso Bisneto, preso por corrupção durante a gestão do prefeito Henrique Budke (PSDB), teve pedido de HC (habeas corpus) negado liminarmente (provisoriamente).

Ao negar o pedido, o relator do caso, desembargador Luiz Cláudio Bonassini da Silva, destacou que a manutenção da prisão preventiva do secretário é fundamental, visto que “a ordem pública estaria resguardada com a prisão preventiva do representado para se evitar a reiteração de condutas criminosas dessa natureza (contra a Administração Pública), já que ele é o Secretário Municipal e foram demonstrados indícios de frustração de procedimentos licitatórios em mais de uma oportunidade, todos envolvendo os empresários alvos desta investigação”.

Ainda, a defesa de Isaac tentou lançar a mesma tese que anulou as decisões da Operação Laços Ocultos que revelou esquema de fraudes em licitação em Amambai (comandada pelo vereador do PSDB, Valter Brito da Silva). Naquele processo, advogado de um dos investigados afirmou que operações comandadas pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) devem ficar nas mãos de uma das Varas Criminais de Campo Grande.

No entanto, o magistrado considerou que o outro caso – o qual ele também foi o relator – é diferente. “Nesta fase processual, resta impossível aplicar o entendimento firmado naquela ocasião, por várias razões”. Acrescentou, ainda, que o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) recorreu daquela decisão.

Contudo, em documento anexado ao processo, Isaac pede a desistência da ação. Ainda, por ocasião da mudança de advogado, que deve tentar nova estratégia para tirar o secretário da prisão.

Dessa forma, nesta terça-feira (20), o secretário completará uma semana preso. Apesar de preso, ele ainda permanece no cargo de confiança do prefeito tucano.

Saiba mais – Empreiteiros tinham ‘irmandade’ para manterem revezamento de licitações na gestão do PSDB em Terenos

A reportagem do Jornal Midiamax questionou o prefeito Henrique Budke sobre exoneração de Isaac, mas não obtivemos resposta. O espaço segue aberto para manifestação.

Um dos investigados é conduzido para a delegacia de Terenos durante a Operação Velatus (Nathália Alcântara, Jornal Midiamax)

Secretário ajudava empreiteiros ‘parceiros’

Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, o secretário de obras teria aderido a suposto esquema de corrupção entre empresários investigados. Então, estaria recebendo propina em nome do pai.

Assim, investigação do MPMS obteve planilhas e comprovantes de Pix para o pai de Isaac, que recebeu R$ 21 mil de Cleberson, R$ 2 mil de Sandro e da empresa Angico – vencedora da licitação. Todas constam na planilha denominada “Finalizado – Thiago Calçadas”.

De acordo com mensagens extraídas do aparelho de Isaac, o secretário mostrou preocupação a Hander Grote Chaves (HG Empreiteira), que não estava conseguindo uma documentação com o Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de MS) para participar de licitação dada como certa.

Empreiteiro investigado por corrupção na gestão do prefeito do PSDB, Henrique Budke, após deixar delegacia (Nathália Alcântara, Jornal Midiamax)

“Eu tô achando que ele não vai conseguir participar de uma licitação que era para ele ganhar um negócio de 280 mil, porque o CREA descobriu que teve esse aditivo, e tá cobrando de ter um atestado e ter um ART complementar disso aí”, disse Isaac.

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