Após denúncia do PL, Ponta Porã rescinde contrato de merenda escolar
Otaviano Cardoso e Pompilio Junior debateram condições das merendas no município de Ponta Porã e Prefeitura acabou rescindindo contratos com as prestadoras de serviço
Mariane Chianezi –
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Dois candidatos a vereador e a prefeito de Ponta Porã denunciaram a qualidade da merenda escolar na cidade e a prefeitura acabou rescindindo os contratos. Otaviano Cardoso usou as mídias sociais na última terça-feira para denunciar a qualidade da merenda oferecida nas creches e escolas ponta-poranenses.
De acordo com ele, as denúncias foram recebidas dos pais dos alunos. Pompilio Junior (PL), candidato a prefeito, destacou a importância de merendas de qualidade e o cumprimento de boas aplicações da verba pública.
No fim do mesmo dia, a Prefeitura Municipal publicou a rescisão de contratos com as empresas prestadoras do serviço.
Otaviano Cardoso declarou que o papel do vereador é fiscalizar e indagou quem estaria prestando esse serviço na fronteira, destacando que enquanto estava ocupando a cadeira na Câmara fez esse papel. “A gente sabe que muitas crianças só tem a merenda escolar como a principal refeição do dia e a falta de merenda escolar não pode acontecer”, disse Otaviano.
O candidato a vereador pediu compromisso a Pompílio Junior, que em resposta reiterou a aplicação da verba municipal com responsabilidade. “É uma vergonha isso. […] É preciso fazer o correto. Precisamos mostrar para a população que não é perto da eleição e querer mudar, trazer de novo a boa merenda escolar, que há mais de 6 meses está ruim. Eu garanto que sendo eleitos, em 2025 a verba vai ser aplicada com a destinação correta”, disse o candidato a prefeito.
Pompilio Junior destacou que isso faz parte do seu projeto, de conseguir fazer uma Ponta Porã mais humana, com vistas para a população e, sim, mais porã (bonita). Em resposta a denúncia, a Prefeitura Municipal rescindiu os contratos atuais de prestação de serviços das merendas escolares.
A Procuradoria Geral do Município, ao ser informada de que as quatro empresas vencedoras da licitação estariam tentando substituir itens por produtos similares, não aceitou mais. “Conforme a fiscalização exercida no momento da entrega, foram constatadas diversas irregularidades cometidas pelas quatro empresas vencedoras, como entrega fora do prazo pactuado, itens em desacordo com as especificações técnicas, carne moída com excesso de gordura, a exigência é patinho, que é um tipo de corte da carne bovina, assim como tentaram entregar batata, alho e frutas em condição impróprias”.
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