‘Acho pouco’: Vargas debocha de morte por furto de fios e sugere ‘cacete’ em dependentes químicos

Vereador e ex-policial defendeu atuação mais incisiva da polícia

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Dependente químico morreu ao tentar furtar subestação de energia. (Foto: Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

Com o aumento de furtos de fios de cobre em Campo Grande em debate na Câmara Municipal de Campo Grande nesta quinta-feira (15), o vereador Tiago Vargas (PSD) subiu o tom ao sugerir que o enfrentamento aos crimes, cometidos em sua maioria por usuários de drogas, seja combatido com “cacete”, “bala” e até com a morte dos envolvidos, a quem se referiu como “vagabundos”. 

Em sua fala, o vereador e ex-policial civil defendeu a atuação mais incisiva das forças de segurança pública. “Quem tem menos culpa na história é a polícia. Deixem nossos policiais trabalhar. Ah, mas é usuário. É cacete no vagabundo”, defendeu. 

Vargas ainda comentou recente episódio em que um dependente químico foi morto após sofrer descarga elétrica em uma subestação de energia da Capital, e sugeriu que mortes semelhantes reduziriam os casos do tipo. “Eu acho é pouco porque morreu um vagabundo. Se toda vez morresse diminuiria os furtos”, finalizou. 

O assunto virou tema de debate na Casa  após fala do vereador André Luis (Rede). Segundo ele, dados repassados por empresas de telefonia confirmam o aumento no furto de fiação na cidade.

“Entre novembro e dezembro a OI nos informou que houve uma queda nas retiradas, no entanto, em janeiro aconteceu um aumento mais de 60%. Já a Claro disse que só em janeiro foram roubados 3.700 metros de cobre. Da Vivo aproximadamente 2 mil metros”, detalhou. 

Em tom menos que o colega, André trouxe à discussão o mercado da receptação dos produtos furtados pelos usuários. “Se há o aumento de furto é porque a receptação também continua, ou seja, a política de repreensão infelizmente não acontece como deveria”, destacou. 

Além dos crimes, o vereador apresentou dados que revelam a cadeia de problemas que se forma após o furto de determinada fiação. “O problema não é só o furto, mas a cada retirada, até 3.700 pontos de internet se perdem”, explicou.

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