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Política

Zeca questiona Semadesc sobre investimentos do BID para preservação do Pantanal em MS

Banco se comprometeu no investimento para conservação do bioma
Mariane Chianezi, Renata Portela -
pantanal desmatamento
Área desmatada no Pantanal (Marcos Ermínio, Jornal Midiamax)

Nesta terça-feira (5), o deputado estadual (PT) encaminhou requerimento para a Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), questionando sobre os investimentos do BID (Banco Interamericano do Desenvolvimento).

No requerimento, o parlamentar questiona o secretário Jaime Verruck sobre qual o valor total de investimentos financiados pelo BID para as ações de conservação do em Mato Grosso do Sul. Também qual o calendário para liberação dos valores.

O deputado ainda pergunta quais projetos serão colocados em prática a partir do financiamento e se os municípios onde ocorrerão tais ações foram chamados para participarem do debate para elaboração dos projetos.

Também conforme o requerimento, o investimento anunciado em setembro foi de R$ 2 bilhões. A justificativa para os questionamentos é de necessidade de fiscalização dos atos.

Em Mato Grosso do Sul, Pantanal tem desmatamento e rota de crime

Em série de reportagens publicadas nas últimas semanas, o Jornal Midiamax revela detalhes do desmatamento que avança no Pantanal. O bioma, em algumas regiões, se tornou rota do crime.

Diante das denúncias, a Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) criou uma comissão para investigar os crimes ambientais.

Em uma das partes até então mais preservadas do bioma pantaneiro, na Nhecolândia se vê cada vez menos as lentas e pouco agressivas comitivas que transportavam boiadas gigantescas de uma parte a outra. Agora convive com o vai e vem descuidado de caminhões boiadeiros, chamados de ‘uber do boi’.

O avanço da cria e recria, que contempla a pecuária moderna em Mato Grosso do Sul, também coloca o Pantanal em risco.

A produção do gado em ritmo industrial, que produz cada vez mais gado no menor tempo possível, atrai os ‘novos donos’ para a vastidão intocada do Pantanal. Eles têm comprado cada vez mais terra no Pantanal, tirando do controle os fazendeiros tradicionais, que aprenderam a conciliar a pecuária extensiva com a preservação do ambiente nos últimos 80 anos.

Foi assim que uma área de aproximadamente 6 mil hectares caiu nas mãos do empreiteiro André Luiz dos Santos. Ele mesmo foi contratado pelo Governo de Mato Grosso do Sul para construir a MS-228, e usou os mesmos equipamentos para desmatar 1.300 hectares da área que comprou ao lado da nova rodovia.

Quem deveria atuar na preservação, como o (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), reclama que falta legislação capaz de frear os ímpetos destrutivos de quem quer lucrar no Pantanal o máximo possível no menor tempo possível.

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