Deputado estadual e ex-governador, Zeca do PT foi vaiado ao usar a parte na sessão desta quinta-feira (3) para comentar a reunião com o presidente da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul), Ricardo Ayache.

“Nós devemos esclarecer para os servidores o resultado, a conclusão da conversa. De uma forma transparente para todos”. Nesse momento, o deputado foi interrompido pelos servidores e vaiado. Isso porque a conversa com Ayache foi na sala da presidência, somente com os deputados, e sem a presença dos servidores.

Mesmo assim, Zeca explicou que foi montado um grupo da Casa para acompanhar o assunto. “Vamos continuar a pauta com respeito, que aqui não é palanque eleitoral”, pediu.

No início do ano, Zeca defendeu a alternância de poder na Cassems e até já propôs CPI contra a Caixa. “Eu propus [CPI], mas em nenhum momento duvidei da honradez dos dirigentes e do presidente, que conheço. O que eu ponderei na época foi para encontrar um mecanismo que desce transparência no processo sucessório, democratizar o processo das eleições internas, e além disso que encontrasse mecanismo para prestar conta daquilo que arrecada e aquilo que gasta para a Alems e hoje já temos isso”, esclareceu ao Jornal Midiamax.

Presidente da Casa, Gerson Claro (PP) pediu ordem e respeito. “Para tratar do valor do reajuste, todas as medidas foram tomadas. Essa pauta será levada para o governo do Estado. Mas quem está aqui para fazer muvuca não vai ter a pauta resguardada. Isso aqui não é um circo”, finalizou.

Após a leitura da ordem do dia, os servidores começaram a deixar o plenário.

Presidente da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul), Ricardo Ayache esteve reunido na manhã desta quinta-feira (3) com os deputados estaduais na presidência da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) e negou déficit de R$ 17 milhões na empresa, que atua como plano de saúde dos servidores públicos estaduais.

Ao deixar a reunião, que teve mais de duas horas de duração, Ayache disse que foi registrada uma carga enorme na saúde com aumento nas despensas assistenciais. “Na reunião de hoje tiramos qualquer mal entendido. E podemos caminhar para essa comissão propostas para aprofundar esse debate”.

Segundo o presidente da Cassems, houve um levantamento de sumiço de valores. “Trouxemos os levantamentos dos últimos cinco anos. Parece que houve uma má interpretação de um dado. Há um passivo de R$ 150 milhões, mas corresponde a 14% do patrimônio total. Temos em caixa R$ 90 milhões. Então tem desequilíbrio de 60 milhões”, esclareceu.

Presidente da Casa de leis, Gerson Claro (PP) disse que formará um grupo junto com a Cassems e o governo do Estado para discutir a possibilidade de redução ou contribuição. “Para que a gente possa atender a necessidade temporária da Cassems. Nosso debate vai se manter com responsabilidade. Sem palanque político ou lacração para as redes sociais”, disse.

Claro também afirmou que acredita que os deputados não devam assinar o pedido de abertura da CPI da Cassems. “Acredito que não vai ter. Não tem elementos, fato concreto que possa justificar a abertura da CPI. A Alems cumpre seu papel fiscalizatório, mas não entra na onda da politicagem”, finalizou.