MS pode ter ‘ilhas de hidratação’ em eventos e empresas podem ser responsabilizadas por tragédias

Os projetos de lei são dos deputados Roberto Hashioka (União) e Jamilson Name (PSDB)

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ana clara taylor swift
Ana Clara Benevides morreu durante show de Taylor Swift no RJ (Reprodução, Redes Sociais)

Após o caso de Ana Clara Benevides, que faleceu durante show da cantora norte-americana Taylor Swift, projetos de lei começaram a tramitar no legislativo de Mato Grosso do Sul e também na Câmara dos Deputados em Brasília.

O Projeto de Lei do deputado Roberto Hashioka (União) quer instalar ‘ilhas de hidratação’ em eventos no Estado, como shows e festivais. A proposta quer disponibilizar bebedouros ou realizar a distribuição de embalagens com água adequadas para o consumo.

“Garantir que tanto os pontos de venda de comidas e bebidas quanto os pontos de distribuição gratuita de água estejam dispostos em regiões estratégicas do evento a fim de facilitar o acesso pelos consumidores, consideradas a estrutura física e a quantidade estimada de participantes”, diz projeto do deputado.

Hashioka pontua que altas temperaturas e baixa umidade podem causar danos à saúde, especialmente quando estão com pouca ingestão de água e exposição prolongada ao sol. ‘visando o atendimento às necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, apresenta-se este projeto de lei para estabelecer medidas destinadas à proteção da saúde dos consumidores em shows, festivais e quaisquer eventos em períodos de alta temperatura e/ou baixa umidade, com oferta de água e ilhas de hidratação’, justifica.

Os projetos de lei são dos deputados Roberto Hashioka (União) e Jamilson Name (PSDB) | (Fotos: Luciana Nassar, Alems)

Empresas podem ser responsabilizadas

Um outro projeto de lei foi protocolado pelo deputado Jamilson Name (PSDB) e pode responsabilizar empresas que organizam eventos. Segundo a proposta do tucano, a organizadora será responsável pelo translado de cadáveres, no caso de acidentes ocorridos no local do evento, ‘em virtude de negligência ou imprudência da empresa, que resultarem em óbito’.

Na justificativa da matéria, Jamilson pontua o caso da fã sul-mato-grossense da cantora americana que faleceu no Rio de Janeiro durante o show.

“A família da jovem Ana Clara, sem condições de arcar com os custos financeiros do translado de seu corpo, ficou a mercê da boa vontade de amigos e conhecidos, que, por meio de doações, possibilitaram trazer o corpo da jovem, para Mato Grosso do Sul, haja vista que, a empresa organizadora do evento, ofereceu a família, SOMENTE assistência psicológica após o trauma”, disse.

Projeto em Brasília

O deputado federal Geraldo Resende (PSDB) quer tornar lei a distribuição de água em eventos e estabelecimentos comerciais.

Segundo ele, o projeto de lei Ana Benevides será protocolado na segunda-feira (18) de forma que garanta não só a entrega de água, como a vedação de proibição de garrafas próprias, como aconteceu no evento do dia 17 de novembro, que resultou na desidratação da jovem.

“Como médico, estou contribuindo técnica e politicamente para a confecção da futura legislação. Em um momento quando o mundo discute a emergência climática, o acesso à água deve sempre vir a frente de lucros mesquinhos”, disse Resende.

Mais de mil pessoas passaram mal

Com um público de cerca de 60 mil pessoas, o primeiro show da turnê “The Eras Tour” da cantora Taylor Swift no Brasil ficou marcado por uma tragédia na noite da sexta-feira, 17 de novembro. Ana Clara Benevides, de 23 anos, era fã da artista e morreu antes do início do show que ocorreu no Estádio Nilton Santos no Rio.

Ana foi socorrida antes do início do show ao desmaiar na grade em frente ao palco, dentro do Engenhão. Chegou a ser encaminhada ao hospital, mas não resistiu a uma parada cardiorrespiratória.

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