Janela partidária: cinco siglas podem ficar sem representantes na Câmara de Campo Grande

Metade dos vereadores da Capital cogita mudança de sigla

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(Izaias Medeiros)

Com mais da metade dos vereadores querendo mudar de sigla na janela partidária para concorrer às eleições de 2024 e fusões de siglas, alguns partidos podem ficar sem representantes na Câmara de Campo Grande. De acordo com levantamento do Jornal Midiamax, ao menos cinco deles podem perder representantes.

A cada ano eleitoral, ocorre a chamada “janela partidária”, um prazo de 30 dias para que parlamentares possam mudar de partido sem perder o mandato. Esse período acontece seis meses antes do pleito, ou seja, entre março e abril de 2024.

Até lá, os parlamentares negociam com os partidos essas mudanças, em busca de maior vantagem no pleito, viabilidade eleitoral e apoio financeiro.

O Podemos tem três cadeiras na Câmara, sendo dos vereadores Zé da Farmácia, Cloilson Pires e Ronilço Guerreiro. Os três estão analisando qual partido seguirão, mas adiantam que não devem seguir no Podemos.

O Solidariedade tem apenas um vereador, o Papy, que também é presidente do partido. O parlamentar diz que disputará as eleições do próximo ano pelo PSDB.

Quem também deve perder a única cadeira que tem na Câmara é o PDT. O vereador Marcos Tabosa já anunciou que vai ir para o mesmo partido do presidente da Casa, o Carlos Augusto Borges, Carlão no PSB.

O PP, partido da Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, tem uma cadeira na Câmara, sendo a do Dr. Victor Rocha, que também já anunciou deixar o partido para se filiar ao PSDB.

Fusão

O Patriota ainda vive um drama na Casa de Leis. O partido tem duas cadeiras na Casa. O Edu Miranda já disse que deve deixar a sigla, mas Paulo Lands ainda aguarda a homologação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para definir o destino.

Em outubro de 2022, o Patriota e o PTB anunciaram que fariam uma fusão, resultando na criação do Mais Brasil. As duas legendas não atingiram a cláusula de barreira nas eleições gerais do ano passado e correm risco de ficar sem recursos dos fundos eleitoral e partidário.

O mesmo acontece com o PTB, que tem apenas um representante na Casa de Leis, o vereador William Maksoud. O parlamentar já adiantou que deve deixar o partido para disputar as eleições de 2024, mas não confirma qual sigla deve seguir.

Continuam

Algumas siglas estão sendo as mais disputadas pelos vereadores, como é o caso do PSDB. Ademir Santana, Claudinho Serra, Professor Juari continuam com a sigla. Os ocupantes da cadeira do MDB também continuam com os parlamentares, Dr. Loester e Dr. Jamal.

O Republicanos tem duas cadeiras na Casa, uma do vereador Betinho e outra do Gilmar da Cruz. Conforme conversas de bastidores, um deles deveria deixar a sigla, mas nenhum confirma.

O PT com os vereadores Ayrton Araújo e Luiza Ribeiro não devem deixar a sigla. O mesmo acontece com o Rede, que conta com o professor André Luis. Ele inclusive é pré-candidato à prefeitura de Campo Grande.

 ‘Limpa’ no PSD

O PSD, que hoje ocupa oito cadeiras na Câmara de Campo Grande, pode ficar sem a metade delas na disputa das eleições municipais do próximo ano. Partido do ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, pode ter um ‘limpa’ em 2024.

Beto Avelar, Professor Riverton, Silvio Pitu e Valdir Gomes já ‘bateram o martelo’ e dizem que não vão continuar no partido. Das oito cadeiras ocupadas pela sigla, apenas os vereadores Otávio Trad, Delei Pinheiro e Júnior Coringa prosseguem.

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